Silvio Costa Filho revela condição para desistir do Senado na eleição de 2026

Silvio Costa Filho compete com três outros nomes pelas duas vagas ao Senado na eventual chapa de João Campos em 2026. Entenda qual a condição do ministro

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 22/10/2025, às 12h28 - Atualizado às 13h33

Ministro Silvio Costa Filho no PodJá - o Podcast do Jamildo
Ministro Silvio Costa Filho no PodJá - o Podcast do Jamildo. Ministro revelou qual seria a sua condição para não disputar o Senado em 2026 - @wesleydalmeidafotografo

Silvio Costa Filho (Republicanos), Ministro dos Portos e Aeroportos, definiu a condição para abrir mão da candidatura ao Senado em 2026: só desiste se o presidente Lula pedir.

Disputa pelo Senado na chapa de João Campos (PSB) é acirrada, com Humberto Costa (PT), Marília Arraes (Solidariedade) e Miguel Coelho (União Brasil) também interessados.

PT exige apoio de João Campos à reeleição de Humberto Costa como condição para aliança, forçando os demais candidatos à competição pela segunda vaga.

Silvio destaca que o projeto prioritário para o Republicanos é eleger João Campos governador e Lula presidente, independente da posição que ocupar.

Encontro do grupo Prerrogativas foi o palco da declaração, exibindo os possíveis arranjos para a composição da chapa majoritária.

Pesquisa do Instituto França mostra Silvio com 2,5% das intenções de voto, sendo um dos menos conhecidos entre os postulantes ao Senado.

Marília Arraes e Humberto Costa lideram as pesquisas, enquanto Miguel Coelho mantém influência no Sertão e representa setor mais à direita, defendendo coalizão de oposição à gestão Raquel Lyra (PSDB).

Silvio Costa Filho reafirma alinhamento com Lula e disposição para permanecer no ministério se esse for o desejo do presidente.

Contexto destaca desafios políticos internos, alianças partidárias e articulações para 2026 em Pernambuco.

Em meio às articulações para as eleições 2026 em Pernambuco, o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), que almeja uma vaga na chapa ao Senado do prefeito João Campos (PSB), revelou em evento qual seria a condição que o levaria a desistir da candidatura

Com mais três outros concorrentes, a fala pode indicar quais os cenários possíveis de uma desistência do ministro dos Portos e Aeroportos. 

Disputa acirrada na chapa de João Campos pode dificultar nome de Silvio Costa Filho no Senado

O ponto em questão é que a chapa de João Campos é concorrida. Além do senador Humberto Costa (PT) e Silvio, também desejam compor o Senado a ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade) e o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil). 

Em tom cordial, Silvio Costa Filho tem buscado comparecer aos eventos ao lado dos eventuais adversários, como no encontro do Solidariedade, que reforçou a candidatura de Marília para vaga.

No dia, Silvio disse que a prioridade do seu partido era eleger João Campos e o presidente Lula (PT), independente da posição que estiverem. 

Apesar disso, com o PT condicionando o apoio a João Campos ao endosso no nome de Humberto, Marília, Miguel e Silvio precisariam disputar a segunda vaga.

Silvio Costa Filho dá condição que o faria desistir do Senado 

Segundo a Folha de São Paulo, a fala de Silvio Costa Filho sobre a possibilidade de desistir do Senado ocorreu em um encontro do ciclo de debates do grupo Prerrogativas, que promove reuniões entre ministros do Governo Federal e representantes do empresariado, advogados e autoridades públicas. 

O ministro dos Portos e Aeroportos disse durante evento na terça-feira (21) que pretendia disputar o Senado em 2026, mas que abriria mão caso solicitado pelo presidente Lula (PT).

Com Humberto disputando uma nova reeleição, talvez Lula priorize o petista ao seu ministro e prometa uma vaga em um eventual novo mandato. 

Ao Jamildo.com, o ministro afirmou que irá concorrrer e que estaria animado e grato pelo apoio que tem recebido. 

"Quero agradecer publicamente todas as manifestações de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, lideranças do movimento popular, do setor produtivo e ao presidente Lula pela confiança que venho recebendo para disputar o Senado", afirmou.

"Estou muito animado para disputar o Senado, mas, se Lula pedir pra ficar, eu fico, para ajudar a fazer andar o país. O meu projeto é o do presidente Lula em Pernambuco e no Brasil. Estou pronto para qualquer missão que a gente venha construir em 2026. Nosso desejo é o Senado, mas tomarei essa decisão junto ao presidente. Se ele quiser que eu fique no governo, eu fico, para continuar trabalhando a favor do Brasil”, disse Silvio Costa Filho

Durante sua entrevista ao PodJá- O Podcast do Jamildo, Silvio Costa Filho afirmou que foi um pedido do próprio presidente a sua candidatura para o Senado Federal. O ministro dá a entender que Lula almeja como "dupla dos sonhos" a reeleição de Humberto Costa e a entrada do ministro dos Portos e Aeroportos no Congresso Nacional. 

Pontos e Contrapontos entre Silvio, Marília e Miguel

Silvio tem o endosso de Lula, um partido com o sétimo maior fundo partidário e é um dos aliados mais antigos de João Campos. A dificuldade é que o político tem baixos índices nas atuais pesquisas, sendo um dos menos conhecidos para os eleitores. 

Na última pesquisa, divulgada pelo Instituto França, Silvio tinha 2,5% das intenções de volto, ficando na frente apenas do senador Fernando Dueire (MDB). 

Marília Arraes tem a vantagem na maioria das pesquisas, junto a Humberto Costa, que empata tecnicamente com a ex-deputada na maioria delas.

O principal impasse é o partido de Marília, que é o menor dos candidatos. Além disso, as pautas mais à esquerda da política a aproximam de Humberto, o que pode dificultar para João Campos angariar o voto de conservadores e gerar uma competição por votos entre ela e o petista. 

Miguel Coelho, é o nome mais à direita, o que poderia equilibrar a chapa de João Campos, e tem notoriedade no Sertão Pernambucano, com uma família de grande influência na política estadual.

O principal impasse é a presença do União Brasil em federação com o Progressista, partido aliado da governadora Raquel Lyra e que tem a liderança estadual da aliança entre as duas legendas. 

Apesar disso, Miguel mantém a defesa de uma coalisão entre os representantes de uma oposição contra a gestão de Raquel. Na terça-feira (21), o político disse que há frustração da população com a administração da governadora.