Governistas defendem Raquel Lyra após falas de Porto sobre empréstimos; Antônio Moraes explica questão

Antônio Moraes e outros governistas defenderam a gestão da governadora Raquel Lyra após Álvaro Porto criticar a gestora. Moraes explica caso de empréstimo

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 22/10/2025, às 07h22

Antônio Moraes fala em púlpito da Alepe, ele gesticula com as mãos enquanto fala em microfone
Antônio Moraes explicou situação com empréstimo, atribuindo demora de votação como um dos motivos para não utilização em última contratação de créditos de Raquel Lyra - Roberto Soares/Alepe

Presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), criticou a atuação da governadora Raquel Lyra (PSD) e questionou operação de crédito assinada com o Banco do Brasil.

Porto afirmou que a operação não tem relação com empréstimo de R$ 1,5 bilhão aprovado em setembro na Assembleia, mas sim com autorização do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF) de 2024.

Deputados governistas defenderam a gestão de Raquel Lyra, explicando que a demora na aprovação do empréstimo de R$ 1,5 bilhão levou o governo a iniciar obras do Arco Metropolitano com recursos do PEF.

Antônio Moraes (PP) atribuiu a demora na votação – seis meses em tramitação – como motivo para não utilização do crédito previamente autorizado.

Moraes informou que empréstimo aprovado em setembro está em fase de contratação com consórcio de três bancos (Bradesco, Itaú e Santander), com oficialização prevista entre novembro e dezembro.

Socorro Pimentel (União Brasil) criticou o que chamou de “imparcialidade” do presidente da Alepe e mencionou tentativas de paralisar a gestão.

Governistas afirmaram que dificuldades enfrentadas pela atual gestão têm origem em problemas herdados dos 8 anos anteriores de administração do PSB.

Joãozinho Tenório (PRD) destacou que críticas da governadora não envolvem toda a Assembleia, mas sim manobras de setores alinhados ao PSB.

Após o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB),  criticar na segunda-feira (20) a atuação da governadora Raquel Lyra (PSD), os deputados da base aliada explicaram o caso dos empréstimos apontado por Porto e alfinetaram a oposição. 

Fala de Álvaro Porto contra Raquel Lyra e pedido de empréstimo

O presidente da Assembleia usou seu momento no plenário para afirmar que a governadora tentava enganar a população ao dar a entender que a operação de crédito assinado com o Banco do Brasil no dia 14 de outubro seria relativo ao valor de R$ 1,5 bilhão aprovado na Alepe em setembro. 

Segundo Álvaro Porto, o valor assinado antes da governadora Raquel Lyra embarcar em viagem internacional tinha vínculo com uma autorização de 2024, do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF).

O tucano também disse que não via necessidade de pressa em pautar a aprovação do empréstimo de R$ 1,7 bilhão, que aguarda votação no plenário.  

Ex-correligionário de Raquel, Porto afirmou que o Governo de Pernambuco estava "sem gestão" e teria uma postura "autoritária" perante o Legislativo. 

Antonio Moraes explica caso dos empréstimos

Após a repercussão das falas do presidente do Legislativo, o deputado Antônio Moraes (PP) saiu em defesa de Raquel Lyra e explicou o caso dos empréstimos. 

O deputado aliado da governadora afirmou que o atraso na aprovação do pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão levou o governo a iniciar as obras do Arco Metropolitano com outra fonte, o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF). 

Moraes aproveitou para criticar a demora na votação do empréstimo, que levou quase seis meses para entrar na pauta do plenário após um entrave nas comissões. 

"O nobre deputado Álvaro Porto questiona a narrativa da governadora sobre o Arco Metropolitano e a necessidade de empréstimos. A contratação da obra, cujo processo licitatório foi homologado em 17 de julho, dependia, de fato, da disponibilidade contratual do Espaço Fiscal de 2025 para a assinatura. Ocorre que a lei de autorização desse crédito, crucial para o avanço da obra, tramitou por longos seis meses nesta Casa”, disse o deputado do PP, que também mostrou a alternativa criada por Raquel como uma demonstração de que "o Governo está utilizando todos os instrumentos disponíveis para contornar a morosidade da aprovação do Espaço Fiscal de 2025". 

Ao explicar sobre a situação do empréstimo aprovado em setembro, Moraes disse que o valor está em fase de contratação com três bancos privados (Bradesco, Itaú e Santander) em um consórcio que deve ser oficializado entre novembro e dezembro, segundo os prazos do Tesouro Nacional. Esses recursos deverão ir para o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232

Resposta dos governistas durante fala de Álvaro Porto na segunda (20)

Durante a fala de Porto, a deputada Socorro Pimentel (União Brasil) já tinha feito um aparte com críticas pelo que chamou de "imparcialidade" do presidente da Alepe e a afirmação de que existe "um desejo de paralisar o trabalho da atual gestão" por parte de alguns parlamentares. 

A líder do Governo também citou que as dificuldades enfrentadas por Raquel Lyra vinham de um "descaso" e "abandono dos últimos 8 anos do governo PSB" e listou algumas das entregas da atual gestão. 

O deputado Joãozinho Tenório (PRD) defendeu que a fala da governadora sobre pessoas que trabalhavam contra Pernambuco não falava de toda Alepe apenas de "algumas manobras feitas pelo PSB".