Ciro Gomes retorna ao PSDB e é cotado para disputar a presidência em 2026

Com a volta de Ciro, o PSDB tenta recuperar protagonismo, reorganiza palanques e ajusta a estratégia após a tentativa frustrada de fusão com o Podemos

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 22/10/2025, às 13h23 - Atualizado às 13h24

Ciro Gomes
Ciro Gomes - ACERVO/ AGÊNCIA BRASIL

PSDB oficializa filiação de Ciro Gomes em Fortaleza

Ex-ministro é cotado para disputar a Presidência em 2026

Sigla reorganiza candidaturas estaduais com ex-governadores

Após fracasso da fusão, partido mira nova federação

O PSDB oficializa nesta quarta-feira (22), em Fortaleza, a filiação do ex-ministro Ciro Gomes e já discute a possibilidade de apresentá-lo como candidato à Presidência da República em 2026. A leitura de parte da direção tucana é a de que Ciro pode ocupar um espaço nacional deixado pelo partido desde 2018 e reforçar a legenda na disputa presidencial.

Setores internos, contudo, pressionam para que a sigla priorize sua candidatura ao governo do Ceará, onde Ciro também é cotado, segundo o jornal OGlobo. A avaliação é de que ele poderia unificar a oposição ao atual governador Elmano de Freitas (PT), área na qual o ex-ministro tem feito críticas públicas, especialmente nas políticas de segurança pública e educação.

A filiação ocorre em meio ao redesenho da estratégia tucana para 2026. Após perder os três governadores eleitos em 2022 — Eduardo Leite (hoje no PSD-RS), Raquel Lyra (PSD-PE) e Eduardo Riedel (PP-MS) —, o PSDB voltou a estimular candidaturas de ex-governadores e figuras históricas da sigla para reforçar palanques estaduais.

Entre os quadros já em articulação estão Marconi Perillo, em Goiás; Beto Richa, no Paraná; e Aécio Neves, em Minas Gerais.

Fusão frustrada e tentativa de recomposição

A aposta na volta de figuras tradicionais ganhou força depois de o PSDB ter fracassado em sua tentativa de fusão com o Podemos, há três meses. As negociações, aprovadas inicialmente em convenção nacional, foram interrompidas por divergências sobre o comando do novo partido.

O Podemos defendia indicar a presidência pelos primeiros quatro anos, proposta rejeitada pelos tucanos. A direção do PSDB sugeriu um modelo de rodízio semestral no início e anual em seguida, o que não avançou.

As duas bancadas têm porte semelhante no Congresso: são 13 deputados tucanos e 15 do Podemos na Câmara, além de três e quatro senadores, respectivamente.