O ex-prefeito de Petrolina está investindo na possibilidade de integrar a chapa de João Campos para o Senado Federal
por Clara Nilo
Publicado em 22/10/2025, às 13h01 - Atualizado às 14h21
Mesmo diante da federação entre o União Brasil e o Progressista, partido aliado da atual governadora Raquel Lyra (PSD), Miguel Coelho (UB) teceu críticas à gestão do Governo de Pernambuco.
Em publicação feita em sua rede social, o ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato ao Senado Federal em 2026 declarou que percebe uma certa frustração por parte pernambucanos que esperavam uma mudança com a última eleição para governo.
"As pessoas ainda não sentiram essa mudança. Eu acho que quem ganha a eleição tem uma obrigação de governar para todos e fazer um trabalho bem feito, porque senão, infelizmente, quem paga a conta é sempre o mais vulnerável, o mais humilde e a sociedade de uma forma geral", afirmou Coelho.
Ele ainda explicou o objetivo da frente ampla que está defendendo, junto a outros representantes da oposição.
"Colocamos aqui uma alternativa, aliada à experiência administrativa de todos os partidos políticos que estão se configurando nessa frente política ampla de oposição, para que a população possa fazer um juiz de valor [sobre quem votar em 2026]", disse ele.
A persistência por uma frente ampla "contra" Raquel Lyra, por parte de Miguel Coelho, pode ser interpretada como um esforço para integrar a chapa do prefeito João Campos (PSB) para o Senado Federal.
Na última pesquisa divulgada pelo Instituto França, o político obteve 7,89%, ficando atrás de Marília Arraes (17,08%), Humberto Costa (12,95%) e Gilson Machado (8,18%). Marília e Humberto estão se mantendo em primeiro e segundo lugar em todas as pesquisas.
A questão é que, fora Gilson Machado, todos os três candidatos citados buscam o endosso de João Campos. Para "melhorar" a competição, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), também está disputando o prefeito do Recife.
Silvio afirmou, inclusive, que a única forma de desistir da corrida eleitoral seria se o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitasse. A informação foi publicada pela Folha de São Paulo.
Ao fim, Miguel Coelho seria uma opção mais conservadora quando comparado à Marília e Humberto. Essa avaliação deve ser considerada, para o bom e para o ruim, por João Campos - que ainda não tomou uma decisão.