"Não tem problema ser idiota no Brasil, não é crime", diz deputado federal Nikolas Ferreira em coletiva

O deputado federal ciriticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e indagou sobre o "tipo de liberdade" que se está construindo para o Brasil

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 22/07/2025, às 16h52 - Atualizado às 18h32

O vídeo foi postado em suas redes sociais - Reprodução
O vídeo foi postado em suas redes sociais - Reprodução

Em coletiva de imprensa, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) falou sobre a intimação do ministro Alexandre de Moraes aos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que eles esclarecam, dentro de 24h, o possível descumprimento das medidas cautelares que o proíbem de usar redes sociais direta ou indiretamente, sob pena de prisão imediata.

Acontece que Bolsonaro circulou na Câmara dos Deputados e falou com jornalistas e apoiadores, nesta segunda-feira (21). O ocorrido gerou magens replicadas em perfis de terceiros, o que pode ser interpretado como violação das restrições impostas desde a sexta-feira (18) passada.

Sobre a intimação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado mineiro compartilhou suas opiniões e afirmou que a direita estaria defendendo "até jornalista de esquerda".

"Eu tô defendendo até a liberdade de você ser um idiota. Não tem problema ser idiota nesse  Brasil, não é crime", exclamou o político."Que tipo de liberdade nós estamos construindo para o nosso presente e para o nosso futuro?", indagou ele.

'Hoje nós temos mães e avós que estão presa, não por desviar bilhões de estatais, por traficar, por roubar, mas por entrar aqui nessa casa [Congresso]. Muitas delas não depredaram absolutamente nada e estão pagando um preço desproporcional por conta de uma tirania, especificamente do ministro Alexandre de Moraes. Ninguém tá percebendo isso não?", disse Ferreira. 

Entenda o contexto:

Na última sexta-feira (18), o ex-presidente Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. O jurista determinou que o ex-chefe de Estado não pode entrar em contato com Eduardo Bolsonaro (PL), que se encontra nos Estados Unidos. 

Além disso, foi definido: 

  • o uso de tornozeleira eletrônica;
  • a permanência em sua residência entre às 19h e 7h;
  • o impedimento de comunicação com embaixadores, diplomatas estrangeiros, outros réus, pessoas envolvidas no processo ou se aproximar de embaixadas; 
  • o impedimento ao acesso às redes sociais.