Plantão Jamildo.com | Publicado em 21/11/2025, às 14h20
Governo dos Estados Unidos suspendeu, de forma retroativa a 13 de novembro, a tarifa adicional de 40% aplicada a produtos agrícolas brasileiros. A medida foi formalizada nesta quinta-feira (20/11), em decreto assinado pelo presidente Donald Trump, que ampliou a lista de exceções anunciada em julho e passou a incluir itens como café, cortes de carne bovina, açaí, tomate, manga, banana e cacau.
As tarifas começaram a valer em 30 de julho, acompanhadas de uma lista com cerca de 700 produtos isentos. A revisão ocorreu após negociações bilaterais, incluindo a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, realizada em 13 de novembro em Washington. No decreto, Trump citou conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de outubro, como parte do processo de retomada do diálogo.
Lula recebeu a notícia ao participar do Salão do Automóvel, em São Paulo. O presidente declarou que “ninguém respeita quem não se respeita”, ao comentar a decisão. O Itamaraty afirmou, em nota, que recebeu o anúncio “com satisfação” e seguirá tratando da retirada das tarifas ainda vigentes. O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou que a mudança representa “um passo na direção certa”.
A tarifa havia sido justificada pelo governo americano como resposta ao que Trump classificava como “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O governo brasileiro reiterou que não interferiria no andamento de processos judiciais. O ambiente diplomático começou a se normalizar em setembro, após breve encontro entre Lula e Trump durante a Assembleia Geral da ONU.
Presidente do PT em Pernambuco, deputado Carlos Veras afirmou que a revisão representa avanço político e econômico, ao citar a retirada da tarifa sobre café, carne, açaí, cacau e outros itens. “Trump reconheceu que a decisão foi tomada após conversas com o maior presidente da história do Brasil”, disse.
O deputado Eduardo da Fonte (PP), presidente da Frente Parlamentar Brasil–Estados Unidos, celebrou a ampliação da lista de exceções ao tarifaço e vinculou o resultado ao diálogo entre o governo federal e o Congresso. Ele lembrou reunião com o embaixador em exercício dos EUA, Gabriel Escobar, sobre exportações do Nordeste.
“Essa decisão do presidente Trump é racional e inicia um processo de retomada da competitividade dos produtores agrícolas no mercado internacional”, declarou em nota enviada ao site Jamildo.com. Segundo ele, ainda há negociações para retirar tarifas sobre máquinas, pescados e mel.
Vice-líder do governo, deputado Waldemar Oliveira (Avante), avaliou em nota que a decisão dos EUA demonstra retomada da confiança internacional no Brasil. O parlamentar afirmou que o país passa a ser tratado como parceiro estratégico e que a revisão fortalece exportações e melhora o ambiente econômico.
Deputado Clodoaldo Magalhães (PV) afirmou que a redução das tarifas decorre das negociações conduzidas pelo governo brasileiro. Ele citou declaração de Lula de que “em política e economia não tem mágica” e afirmou: “Como é bom ter um presidente patriota de verdade”.
O senador Humberto Costa (PT) publicou dois comentários nas redes sociais. Em uma das postagens, com imagem de Lula, escreveu: “Lula, o craque da diplomacia, fez o passe decisivo para os EUA retirarem as tarifas de 40% de nossos produtos. Vitória da soberania e do diálogo!”
Em outra publicação, usando vídeo de um sósia de Lula dançando, afirmou: “O Brasil é dos brasileiros! Lula prova ao mundo que governar com diálogo e respeito é possível. Uma forma de liderar que traz resultados e orgulho para o povo brasileiro. Compromisso com o Brasil, nossa gente e nossa soberania!”
Senadora Teresa Leitão (PT) repercutiu a posição do governo federal ao compartilhar postagem oficial que anuncia a decisão americana: “Conquista do povo brasileiro! Estados Unidos suspendem tarifas sobre café, carnes, frutas e muito mais.”
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