Análise mostra liderança de Lula nas redes sociais entre presidenciáveis; foto com Trump pode aumentar números

Segundo o levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados divulgada nesta semana, o presidente Lula (PT) lidera com folga o ranking de relevância digital entre os potenciais candidatos à presidência em 2026.

O estudo, que monitorou a presença de 11 nomes nas principais redes sociais entre janeiro e julho de 2025, foi divulgado enquanto Lula está no leste asiático, onde se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar a reversão do tarifaço imposto aos produtos brasileiros. A Nexus não incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030. 

Lula obteve um score global de 79,76 pontos (em escala de 0 a 100) no Índice de Relevância nas Redes (IR² Nexus), o maior entre os nomes cotados, considerando engajamento e alcance.

Lula e Bolsonarismo dominam redes

Sem Bolsonaro, após Lula, as três posições seguintes são ocupadas por nomes ligados ao bolsonarismo: o deputado Eduardo Bolsonaro (58,76 pontos), o senador Flávio Bolsonaro (49,02 pontos) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (30,14 pontos).

Completam o ranking nomes como Fernando Haddad (12,96), Michelle Bolsonaro (12,85), Romeu Zema (12,01), Ronaldo Caiado (11,78), Ciro Gomes (10,10), Ratinho Júnior (8,84) e Eduardo Leite (7,75).

Para facilitar a compreensão, o Jamildo.com elaborou um infográfico interativo com os resultados do estudo: 

Lula lidera especificamente no TikTok (com 98,78 pontos, mais que o dobro do segundo colocado) e no Instagram (90,24 pontos). Eduardo Bolsonaro domina no X (antigo Twitter), Facebook e YouTube, com Lula em segundo lugar nessas plataformas.

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“O presidente Lula manteve o 1º ou 2º lugar em todas as plataformas, demonstrando maior capacidade de mobilização", observa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Reunião com Trump e otimismo sobre tarifas

Os números da Nexus falam sobre os resultados pré-tarifaço, ainda em julho de 2025. Apesar da desvantagem econômica, o episódio internacional ajudou a melhorar a avaliação de Lula entre os eleitores. A medida, em retaliação política ligada ao julgamento de Jair Bolsonaro no STF, está em vigor desde agosto. 

Após reunião com Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, no domingo (26), Lula demonstrou otimismo. “Logo, logo não haverá problema entre Estados Unidos e Brasil [...] A gente não quer confusão, a gente quer negociação”, afirmou o presidente nesta segunda-feira (27).

Segundo Lula, ficou acordado que equipes técnicas dos dois países construirão as bases para um acordo. O presidente brasileiro relatou ter apresentado a Trump dados que mostram um superávit comercial para os EUA na relação com o Brasil (US$ 410 bilhões em 15 anos), contestando o argumento americano de que haveria um prejuízo nas relações anteriores. 

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Lula também reforçou sua postura de multilateralismo, buscando boas relações com EUA, China e outros parceiros, sem se alinhar a blocos rivais.