Ministro da AGU é o principal cotado para o Supremo, e presidente do PT, Edinho Silva, declarou apoio público à sua indicação
por Plantão Jamildo.com
Publicado em 12/11/2025, às 17h34
Jorge Messias é cotado para a vaga deixada por Barroso no STF.
Edinho Silva defendeu sua indicação e destacou o perfil jurídico do ministro.
Petista ressaltou que Messias é evangélico e que isso traria equilíbrio à Corte.
Lula ainda não anunciou oficialmente o nome que enviará ao Senado.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, é apontado como o nome mais cotado para ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), de 67 anos, cujo mandato se estenderia até 2033. A sucessão será decidida nas próximas semanas, e Messias desponta entre os preferidos dentro do governo.
O presidente nacional do PT, Edinho Silva, manifestou apoio público à indicação nesta quarta-feira (12). Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que Messias é “um dos maiores juristas hoje do país” e ressaltou o perfil do ministro como fator de equilíbrio na Corte.
“O ministro Jorge Messias é um jurista brilhante. Na minha avaliação, um dos maiores juristas hoje do país. Muito preparado, com capacidade de diálogo com a sociedade como um todo. E é evangélico, não esconde, se assume, tem orgulho de ser. Claro que ter um evangélico no STF equilibra também a forma de pensamento, as concepções de sociedade”, escreveu Edinho.
Caso Messias, um dos cotados, seja escolhido pelo presidente Lula, o mandato na Corte será de 30 anos - ao atingir a aposentaria compulsória, ou seja, até 2055.

O advogado-geral da União, é servidor de carreira. Ele ingressou no serviço público em 2022, após ser aprovado em um concurso para o cargo de técnico bancário na Caixa Econômica Federal. Pernambucano, é graduado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE). Também faz parte do Grupo de Pesquisa de Instrumentos e Tecnologias de Gestão da Universidade de Brasília (UNB), onde é professor colaborador.
Messias ficou conhecido em março de 2016. O então juiz federal Sérgio Moro, encarregado de julgar os casos relativos à operação Lava Jato, tornou público um grampo telefônico de uma conversa entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff (PT), que estava com uma gripe muito severa. Em um dos trechos do áudio, ela disse ao agora presidente: “Seguinte: eu ‘tô’ mandando o ‘Bessias’ junto com o papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?”.
Por causa desse episódio, a Casa Civil decidiu manter em segredo todos os e-mails que Messias recebeu e enviou nos dias que antecederam a tentativa de fazer com que Lula virasse ministro do governo Dilma. Assim, solicitou que as mensagens não possam ser divulgadas por 100 anos.