Presidente disse que só fará a indicação ao STF após chegar ao Brasil; Jorge Messias segue como favorito, enquanto o Senado articula outro nome
por Plantão Jamildo.com
Publicado em 28/10/2025, às 13h38
Lula afirmou que indicará o novo ministro do STF apenas após retornar ao país.
Jorge Messias continua como principal cotado para a vaga.
Davi Alcolumbre defende o nome de Rodrigo Pacheco.
Definição ocorrerá após tratativas em Brasília.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (28), na Malásia, que só pretende formalizar a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) quando retornar ao Brasil. A declaração foi dada pouco antes do embarque de volta a Brasília, em resposta a questionamento sobre a possibilidade de anúncio imediato do nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, apontado como favorito para a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou neste mês. “Deixa eu chegar ao Brasil primeiro, deixa eu chegar”, disse Lula, ao ser abordado pela imprensa na saída do hotel em Kuala Lumpur.
Messias é o nome mais bem posicionado dentro do governo desde o início das tratativas para a sucessão de Barroso, mas a indicação sofreu atraso após reunião recente entre Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em Brasília. Alcolumbre, que tem influência sobre o processo de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), defende a escolha do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para a cadeira.
Durante a viagem, Lula cumpriu agenda oficial e encontros bilaterais e, ao retornar ao país, pretende retomar as negociações finais antes do envio do nome ao Senado. A aeronave presidencial decolou de Kuala Lumpur no início da manhã (horário local), com previsão de parada técnica em Joanesburgo, na África do Sul, antes de seguir para Brasília. No retorno, o presidente deverá avaliar os efeitos da disputa interna no Senado e do apoio da base aliada à indicação.
O Planalto adota a linha de que a definição será feita somente após o presidente reassumir agenda no Brasil, mas analistas políticos consideram a indicação de Messias praticamente consolidada, dependente apenas da conclusão das conversas políticas com Alcolumbre e Pacheco. Cabe ao Senado sabatinar e aprovar o futuro indicado.