Um partido com diversos grupos internos, o PT definiu a nova direção da legenda em Pernambuco, unindo posições divergentes do partido na condução de Veras
por Cynara Maíra
Publicado em 15/09/2025, às 08h20 - Atualizado às 09h37
Após ser eleito presidente estadual do PT em julho, o deputado federal Carlos Veras agora detém o diretório que o auxiliará no comando do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco.
Um partido com diversos grupos de pensamento, um dos principais elementos da composição do diretório estadual é a presença das categorias que definem a legenda.
Como o presidente faz parte da majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), a primeira vice-presidência ficou com o secretário de Habitação do Recife, Felipe Cury, do grupo da senadora Teresa Leitão.
O senador Humberto Costa também garantiu espaço para além da presidência, com seus aliados Sérgio Goiana na Secretaria de Finanças e Angela Cristina Lima na Secretaria Geral.
A nova formação também reposiciona Oscar Barreto, que deixa a Secretaria de Finanças após mais de uma década no cargo (desde 2013) e assume a Secretaria de Organização.
Veja a composição completa:
A principal missão da nova diretoria será unificar o partido diante do cenário para 2026. O PT é disputado pelo prefeito João Campos (PSB) e pela governadora Raquel Lyra (PSD), ambos em busca do apoio exclusivo do presidente Lula.
As correntes internas divergem sobre o caminho a seguir. O grupo ligado a Teresa Leitão e ao diretório do Recife, agora com Felipe Cury na vice-presidência, defende um alinhamento claro com João Campos.
Já o presidente Carlos Veras adota um tom mais moderado, afirmando que a prioridade é a reeleição de Lula e que não fecha portas para um diálogo com Raquel Lyra.
Na eleição interna, Veras enfrentou a oposição do ex-deputado Fernando Ferro, que representou as correntes Avante e Diálogo e Ação Petista (DAP) e defende maior protagonismo para o PT, com críticas ao alinhamento com o PSB.
Apesar das divergências sobre o governo estadual, um ponto de consenso dentro do partido é a reeleição do senador Humberto Costa.
Carlos Veras afirmou ao PodJá- O Podcast do Jamildo que a garantia de uma vaga para Humberto na chapa majoritária e o endosso explícito à reeleição de Lula são condições fundamentais para qualquer aliança em 2026. Confira o episódio com o presidente do PT de Pernambuco:
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