Na Comissão de Justiça, João Paulo chama Feitosa de "bolsonarista eleitoral" e é rebatido "petista eleitoral"

Uma reunião da Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta terça-feira (02), foi palco para um embate bem humorado entre os deputados João Paulo (PT) e Coronel Alberto Feitosa (PL).

Durante a discussão de um projeto de lei sobre proteção infantil, o petista classificou Feitosa como um "bolsonarista eleitoral", que rebateu chamando o colega de "petista eleitoral". A ideia de bolsonarista ou petista eleitoral seria de que os deputados só assumem a pauta. 

O debate ocorreu durante a votação do projeto de lei 2138/2024, de autoria da deputada Socorro Pimentel (União), que propõe a inclusão da cartilha "Eu me protejo porque o corpinho é meu" nas escolas de Pernambuco.

O material, que já recebeu prêmios de direitos humanos, visa orientar crianças sobre a prevenção à violência sexual.

Projeto uniu deputados, mas gerou bate-boca

Apesar de o projeto ter recebido elogios de parlamentares de diferentes espectros ideológicos, incluindo o próprio Feitosa, que presidia a sessão, e de Dani Portela (PSOL), a discussão descambou para o campo político.

A troca de acusações começou após Dani Portela elogiar a "razoabilidade" de Feitosa em apoiar o projeto, apesar de sua posição como "deputado bolsonarista". Feitosa reagiu, afirmando que a iniciativa trata de proteção e não de "erotização" ou "linguagem neutra".

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Na sequência, João Paulo, que era o relator da matéria, fez sua avaliação sobre a fala de Feitosa. "Pelas declarações de Vossa Excelência, na minha interpretação política, posso estar equivocado, pela sua reflexão eu chego a conclusão que Vossa Excelência é um bolsonarista eleitoral", disse o petista.

A resposta de Feitosa foi imediata, relembrando a trajetória política do colega. "Veja deputado João Paulo, eu acho que essa colocação eu poderia devolver a Vossa Excelência dizendo que Vossa Excelência é que é um petista eleitoral porque quando Lula foi condenado Vossa Excelência naquele momento condenou Lula também saindo do PT e indo para o PCdoB. Agora minha posição é a mesma", afirmou o deputado do PL.

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João Paulo ainda pediu um ponto de ordem para se defender. "Eu nunca mudei de lado senhor presidente, eu sempre tive um lado e eu fui um dos mais atuantes militantes na defesa de Lula e fui para um partido que é considerado à esquerda do PT", finalizou.

Após o embate, o projeto de lei que motivou a discussão foi colocado em votação e aprovado pela comissão.