João Paulo mantém postura independente na abertura da CPI da Publicidade na Alepe

Durante sessão que marcou a criação da CPI da Publicidade, o petista criticou manobras da oposição e alertou para necessidade de cautela no Legislativo

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 19/08/2025, às 19h55

Foto: Jarbas Araújo / Alepe
Foto: Jarbas Araújo / Alepe

O deputado estadual João Paulo (PT) afirmou nesta terça-feira (19) que manteve uma posição independente durante a sessão que marcou a instalação da CPI da Publicidade, criada para investigar contratos do governo Raquel Lyra (PSD). “Precisamos preservar o equilíbrio em meio ao acirramento entre governo e oposição”, disse o parlamentar.

Durante a reunião, João Paulo criticou a estratégia da oposição, liderada pelo PSB, que fez mudanças partidárias de última hora para ampliar sua participação na comissão. Apesar disso, não seguiu a decisão da base governista de deixar o plenário em protesto, permanecendo até o fim dos trabalhos.

O deputado também sugeriu que a deputada Dani Portela (PSOL), que presidia a sessão, adiasse a instalação da CPI até que o Tribunal Superior Eleitoral confirmasse a legalidade das novas filiações partidárias. “Houve uma série de mudanças de partidos, em tese legais, mas muito súbitas. Há questionamentos em relação a essas comprovações”, afirmou. “O bom senso aconselharia esperar algumas horas ou dias”.

Com a decisão de Dani Portela de dar prosseguimento imediato, os deputados governistas se retiraram e anunciaram que irão judicializar o caso. João Paulo, por sua vez, permaneceu em plenário e alertou para o risco de intensificação do embate político na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Membros da CPI da Publicidade na Alepe

CPI da Publicidade instalada

Durante a sessão nesta terça conturbada na Alepe, foram definidos os nomes para presidência e vice-presidência do colegiado. Com a ausência da base, a oposição votou maioria para que Diogo Moraes, que deixou o PSB e migrou para o PSDB, como presidente; Antônio Coelho (União Brasil) como vice e Waldemar Borges, que também saiu do PSB, mas para o MDB, para a relatoria.

A CPI foi aprovada em 4 de agosto, a partir do requerimento de Dani Portela para investigar possíveis contratos do governo Raquel Lyra (PSD), estimados em R$ 1,2 bi no prazo de 10 anos.

Na véspera da instalação, o PSB articulou a migração de três parlamentares para outros partidos, ampliando o espaço da oposição. Com isso, Diogo Moraes foi para o PSDB; Waldemar Borges se filiou ao MDB e Júnior Matuto transferiu-se para o PRD.