Julgamento de Bolsonaro: site faz debate ao vivo com Dani Portela e Alberto Feitosa sobre ação no STF

Durante o segundo horário do dia do julgamento de Bolsonaro no STF, o site fará um debate entre Dani Portela e Alberto Feitosa sobre ação

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 02/09/2025, às 10h04 - Atualizado às 10h42

Dani Portela e Alberto Feitosa vão debater julgamento de Bolsonaro nesta terça-feira (02) - Jamildo.com
Dani Portela e Alberto Feitosa vão debater julgamento de Bolsonaro nesta terça-feira (02) - Jamildo.com

O Jamildo.com estreia seu quadro de debates no Youtube "Ponto e Contraponto" com a participação dos deputados estaduais Dani Portela (PSOL) e Alberto Feitosa (PL).

De lados opostos, os políticos irão debater o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O debate ocorrerá ao vivo às 14h30, mesmo horário de início da segunda parte da sessão desta terça-feira (02). Durante o encontro, os deputados devem debater: 

  • O papel do STF no julgamento de Bolsonaro
  • O impacto político de uma possível condenação
  • Os efeitos na democracia brasileira e nas eleições de 2026
  • O clima social em Pernambuco diante do processo
  • Se a ação seria Justiça ou perseguição contra Bolsonaro

A transmissão já está disponível para enviar notificações próximo do início: 

Até quando continua o julgamento de Bolsonaro no STF?

Começa nesta terça-feira (02), com sessões de 9h até 12h e de 14h30 até 19h, mas continuará durante outros dias: 

  • Quarta-feira, 03 de setembro: 09h até 12h
  • Terça-feira, 09 de setembro: duas sessões, das 9h às 12h e das 14h às 19h
  • Quarta-feira, 10 de setembro: sessão das 9h às 12h
  • Sexta-feira, 12 de setembro: duas sessões, das 9h às 12h e das 14h às 19h

Bolsonaro não comparecerá ao julgamento

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, não acompanhará o julgamento presencialmente no STF. Segundo seu advogado, Celso Vilardi, a ausência se deve a problemas de saúde decorrentes da facada que recebeu durante a campanha eleitoral de 2018. A defesa não informou se ele poderá participar de outras sessões.

Qual a acusação contra Bolsonaro?

Jair Bolsonaro e outros sete aliados, que formariam o "núcleo crucial" da trama, são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado
  • Deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia da PGR se baseia em dois eixos principais. O primeiro é a elaboração da chamada "minuta do golpe", um documento que previa a decretação de estado de defesa e de sítio para impedir a posse do presidente Lula.

Ex-comandantes das Forças Armadas, como o general Freire Gomes, confirmaram em depoimento que Bolsonaro apresentou a minuta a eles.

O segundo eixo é o suposto planejamento para assassinar autoridades, incluindo o próprio relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, em uma ação apelidada de "operação Copa 2022". A defesa de Bolsonaro nega que ele tivesse conhecimento ou que tenha autorizado tal plano.

Acompanhe o julgamento de Bolsonaro ao vivo: 

Julgamento começa com recado de Moraes

A primeira sessão do julgamento, iniciada às 9h, começou com uma fala de tom  firme do ministro relator, Alexandre de Moraes.

Ao iniciar a leitura de seu relatório, Moraes afirmou que o STF não aceitará  "coação de um Estado estrangeiro" no processo, em uma referência às manifestações do governo de Donald Trump em apoio a Bolsonaro e às sanções impostas pelos EUA ao próprio ministro.

Moraes também rebateu argumentos das defesas, afirmando que os réus tiveram direito à ampla defesa, acesso à íntegra dos autos e que os pedidos para anular a delação de Mauro Cid foram rejeitados.

O ministro relembrou que, durante o processo, foram ouvidas 54 testemunhas, e destacou os depoimentos do General Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e do Brigadeiro Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica. Ambos confirmaram em seus testemunhos que Bolsonaro lhes apresentou uma "minuta do golpe", que previa a decretação de estado de defesa e de sítio.