48% dos brasileiros querem aproximação do país com o Brics em meio ao tarifaço de Trump

Uma pesquisa inédita da Nexus apontou que 48% dos brasileiros defendem maior aproximação com os BRICS, bloco econômico de países emergentes. Outros 33% preferem distanciamento e 18% não souberam ou não quiseram responder.

O apoio é maior entre jovens de 16 a 24 anos (53%) e menor entre pessoas acima de 60 anos, grupo dividido entre aproximação (39%) e afastamento (38%). Entre os eleitores de Lula, 55% defendem laços mais estreitos, enquanto no eleitorado de Jair Bolsonaro 44% preferem afastamento e 42% maior aproximação. 

Dólar em debate

Quando o tema é o uso do dólar no comércio internacional, a população se mostrou dividida. Para 44%, o Brasil deve buscar alternativas à moeda americana. Já 43% defendem a manutenção do dólar como referência nas negociações globais.

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Mulheres e nordestinos são os que mais apoiam alternativas ao dólar, enquanto homens e jovens de 16 a 24 anos preferem a manutenção da moeda. Esse cenário também pode refletir o vínculo com os espectros políticos, já que o público nordestino e feminino é mais favorável a Lula. 

Imagem de EUA e China

A pesquisa mostra empate na percepção sobre Estados Unidos e China. Para 46% dos entrevistados, a imagem americana é positiva, contra 43% negativa. No caso da China, 45% têm visão positiva e 43% negativa.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, as duas nações são melhor avaliadas, com índices acima de 55% de aprovação. Já entre pessoas acima de 60 anos, prevalece a avaliação negativa. 

Liderança internacional

A pesquisa também mediu a avaliação sobre o papel de liderança dos dois países. Para 56% dos brasileiros, a liderança dos EUA é negativa, enquanto 32% a veem como positiva. No caso da China, 47% consideram sua liderança positiva e 39% negativa. 

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Comércio internacional

Sobre qual país o Brasil deve estreitar laços comerciais, há equilíbrio. 43% preferem os EUA e 42% a China. O restante não soube responder.

Metodologia

A pesquisa da Nexus ouviu 2.005 brasileiros com mais de 16 anos, entre 15 e 19 de agosto, em todas as 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%