Mudança de lado? Com possível federação, PSDB poderá caminhar ao lado de João Campos?

Pouco mais de um ano antes das eleições 2026, as legendas partidárias já articulam alianças e eventuais federações com outras siglas.

Tais movimentações podem ter impacto direto no pleito de 2026 pelo Governo de Pernambuco. Um partido que se reduziu nos últimos anos, o PSDB é uma das legendas que busca uma federação para o próximo mandato.

Atualmente conectado ao Cidadania, especula-se que o PSDB possa ter federação com o Republicanos ou o Solidariedade. Em ambos os casos, a aliança dos tucanos pode mudar o posicionamento da legenda em Pernambuco.

Isso porque, tanto o Republicanos quanto o Solidariedade têm deputados federais no estado, enquanto o PSDB não contém parlamentares. Em âmbito nacional, apenas o PSDB (sem contar o Cidadania), tem 13 deputados federais e 3 senadores.

Essa mudança poderá fazer com que um grupo até então fiel à governadora Raquel Lyra (PSD) seja obrigado a apoiar, pelo menos oficialmente, uma candidatura de João Campos (PSB) ao Governo do Estado.

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Com Silvio Costa Filho (Republicanos) e Marília Arraes (Solidariedade) como grandes lideranças dentro dos respectivos partidos, uma federação com qualquer uma das legendas deve pressionar pelo apoio ao socialista.

Isso se desenvolve ainda mais com a forte competição pelas duas vagas na chapa de João Campos para o Senado Federal. Tanto Silvio Costa Filho quanto Marília Arraes querem esse posto, que ainda poderá ser disputado com Miguel Coelho (União Brasil) e Humberto Costa (PT).

Marília, inclusive, já jurou fidelidade ao primo, independente de federação com o PSDB.

Sobre esse tema, o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos) afirmou durante entrevista para Rádio Folha FM 96,7 que avançam fortemente as negociações para uma eventual federação entre PSDB e Republicanos.

Coutinho também disse que seria uma relação "perfeita em Pernambuco" a interação entre Republicanos e PSDB.

Após a saída de Raquel do PSDB para ir ao PSD, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), tenta assumir a liderança da sigla em Pernambuco. Alinhado ao nome de João Campos, Porto poderia diminuir a força dos ainda fiéis à Raquel Lyra e articular essa vantagem para o prefeito do Recife.

Entenda as federações partidárias

Um elemento relativamente novo na política do país, as federações, existem apenas três no Brasil desde 2022, primeiro ano eleitoral com o sistema. Neste ano, ao menos cinco partidos cogitam aderir a novas alianças.

Como um sistema de união das legendas para além do período eleitoral, a federação funciona como um tipo de unificação de partidos, no qual o grupo precisará se manter unificado por quatro anos.

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Nesse sistema, os partidos federados é entendida como uma única entidade na justiça eleitoral e precisará trabalhar em conjunto, tanto em eleições quanto em políticas públicas durante o período do mandato. A ideia é facilitar a união de forças, ampliar a governabilidade e reduzir legendas pequenas, sem representatividade.

Apesar de fortalecer legendas menores, o sistema de Federação também já causou conflitos. No Recife, por exemplo, PSOL e Rede disputaram para definir quem ficaria com a candidatura à capital pernambucana. Com maior presença, o PSOL saiu vitorioso nessa área.

Além da possibilidade do PSDB federar com o Republicanos ou o Solidariedade, também cogitam uma federação o União Brasil e o PP.

O Jamildo.com já pontuou as possíveis repercussões de uma eventual aliança entre o Progressistas e o UB em Pernambuco.