Quase no comando do PSDB em Pernambuco, Álvaro Porto é recebido pelo presidente nacional Marconi Perillo
PSDB em Pernambuco deve passar por intervenção, para ser entregue ao presidente da Alepe, Álvaro Porto. Ele ia sair do partido após briga com Raquel
por Jamildo Melo
Publicado em 21/03/2025, às 11h35 - Atualizado às 12h05
Não exite vácuo de poder na política. Depois de a governadora Raquel Lyra ter abandonado o PSDB, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), está cada vez mais próximo de assumir a gestão da legenda no Estado.
Álvaro Porto já manifestava este desejo, mas a governadora Raquel Lyra preferiu colocar o empresário Fred Loio no posto. Na época, ela argumentou com ele que ele não teria tempo já que estava cuidando da Alepe.
Nesta mesma linha, nesta semana, o deputado Álvaro Porto (PSDB) foi recebido pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo (GO), em Brasília, para tratar justamente do futuro do partido em Pernambuco.
O encontro teve tom institucional e as conversas com a executiva vão prosseguir, segundo o PSDB. Os rumos a serem tomados em Pernambuco serão decididos pela direção nacional da legenda.
Existe a expectativa de que ocorra uma intervenção na legenda, uma vez que o grupo de Raquel Lyra tentou manter o partido sob sua órbita, ao promover o ingresso da vice Priscila Krause na legenda, na véspera da saída de Raquel para o PSD.
Segundo apurou o site Jamildo.com, o deputado falou muito pouco sobre este encontro e vai ficar mudo até o desfecho. Aliás, ele está mantendo um silêncio grande. Assim, a executiva nacional, quando achar adequado, deve fazer os anúncios oficialmente.
Um primeiro sinal de enfraquecimento do PSDB para o governo Raquel foi a troca do comando da Secretaria de Turismo, com a indicação do deputado Kaio Maniçoba, do PP de Eduardo da Fonte. O atual secretário também era uma indicação do PP, mas com a saída do deputado da Alepe abre-se espaço para a assunção ao cargo da suplente Roberta Arraes, de Araripina, aliada de Raquel Lyra.
Não é só isto. O PP de Eduardo da Fonte deve assumir ainda a Empetur, que estava nas mãos do PSDB até aqui, com Eduardo Loyo, filho do presidente do PSDB. Trata-se de uma negociação com porteira fechada, como se diz na política, em favor do PP.
