CUT realiza manifestação contra 'tarifaço de Trump', no Recife, nesta sexta-feira (1)

A concentração da manifestação está marcada para 15h30, na Praça do Derby

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 31/07/2025, às 13h59 - Atualizado às 14h29

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Movimentos sociais, centrais sindicais e frentes populares irão realizar, nesta sexta-feira (1º), uma mobilização nacional contra as novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. No Recife, o ato será promovido pela Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) e outras organizações como a Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo.

A manifestação ocorre no mesmo dia em Donald Trump declarou que irá entrar em vigor o chamado “tarifaço de Trump”. A expectativa dos organizadores é de que atos similares ocorram em diversas capitais do país.

Para o presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, o momento exige mobilização em defesa dos direitos do povo e do patrimônio nacional.

“Quero convocar a nossa classe trabalhadora, em especial a nossa base da CUT, para se engajar na grande mobilização nacional do dia 1º de agosto. Vamos juntos levantar a nossa voz e dizer em alto e bom som: o Brasil é dos brasileiros e das brasileiras. Viva o Brasil democrático e soberano. Viva a classe trabalhadora”, afirmou.

A concentração está marcada para 15h30, na Praça do Derby, e a caminhada será até a Ponte Duarte Coelho.

Entenda o contexto

A decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas unilaterais a produtos brasileiros tem sido interpretada por lideranças políticas e movimentos sociais como uma retaliação com motivações políticas e econômicas.

A alegação do presidente Donald Trump é de que o Brasil estaria perseguindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em tentativas de golpe de Estado.

Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em constante tentativa de entrar em contato com o presidente americano para negociar as tarifas. 

"Se os Estados Unidos não quiserem comprar algo nosso, vamos procurar alguém que queira. Temos uma relação comercial extraordinária com a China", ressaltou o presidente.