Polícia Federal investiga funcionário da Caixa sob suspeita de desviar R$ 11 milhões por PIX

O funcionário ocupava um cargo de confiança na instituição e teria se aproveitado de falhas nos controles internos para efetuar as transações ilícitas

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 03/06/2025, às 14h16 - Atualizado às 14h42

A Polícia Federal realizou ações de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado. - Divulgação
A Polícia Federal realizou ações de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado. - Divulgação

A Polícia Federal está investigando um funcionário da Caixa Econômica Federal sob a suspeita de desvio de R$ 11 milhões por meio de transferências via Pix. A operação está acontecendo desde o dia 27 de maio e contou com ações de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado que, inclusive, ocupava um cargo de confiança na instituição. 

De acordo com as autoridades da Polícia Federal, o esquema criminoso era realizado através da realização de transferências não autorizadas para contas de terceiros, tirando proveito de acessos privilegiados aos sistemas internos do banco.

O suspeito teria se aproveitado de falhas nos controles internos para efetuar as transações ilícitas e, segundo as investigações, os valores desviados eram rapidamente distribuídos entre diversas contas - o que dificultou o rastreamento desses recursos. 

A Caixa Econômica Federal afirmou que colabora com as autoridades e que iniciou processos internos com o intuito de apurar responsabilidades e reforçar os mecanismos de segurança. 

Para Luiz Guardieiro, Diretor de Receita da Portão 3 (P3), plataforma de gestão de pagamentos focada em grandes empresas e indústrias, o caso é um alerta para como os sistemas de monitoramento e auditoria estão sendo tratados. Segundo ele, é necessária uma constrante atualização. 

“Casos como este evidenciam que, mesmo com tecnologias avançadas como o Pix, é fundamental investir em protocolos de segurança robustos e em treinamentos constantes para os funcionários, a fim de prevenir e detectar atividades suspeitas”, ressaltou.

Ele insiste que a natureza imediata do Pix exige uma vigilância redobrada por parte das instituições financeiras e que cabe a elas implementar medidas eficazes para "prevenir fraudes e proteger os usuários".