Enfermeiros do Recife entram em estado de greve após impasses na negociação com gestão João Campos

Enfermeiros entram em estado de greve após falhas nas negociações com a Prefeitura do Recife sobre o reajuste salarial da categoria

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 24/04/2025, às 07h30 - Atualizado às 08h28

Enfermeiros protestaram na frente da Câmara Municipal do Recife - Reprodução Instagram Liana Cirne
Enfermeiros protestaram na frente da Câmara Municipal do Recife - Reprodução Instagram Liana Cirne

Na quarta-feira (23), o Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (SEEPE) decretou estado de greve para os enfermeiros da rede municipal de saúde do Recife.

A decisão foi tomada durante ato realizado no estacionamento da Câmara Municipal, durante o momento, a vereadora Liana Cirne (PT) acompanhou o processo e tirou fotos com os manifestantes. 

A posição da categoria ocorre após três rodadas de negociação com a Prefeitura do Recife, sem consenso entre as partes. 

A categoria reivindica um reajuste salarial de 20% e acusa a gestão do prefeito João Campos (PSB) de não apresentar uma proposta compatível com as perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos anos. A última oferta da prefeitura prevê um aumento de 1,5% no salário base e acréscimo de R$ 1 no valor do vale-alimentação.

Esse reajuste se assemelha ao sugerido pela PCR aos professores da rede municipal, que também criticaram o posicionamento da gestão sobre o assunto. Na série de protestos feitos na quarta-feira entre os professores do município, a demanda do reajuste também foi citada, 

A presidente do SEEPE, Ludmila Outtes, classificou a proposta como insuficiente e criticou a condução das negociações.

A categoria está cansada de tanta desvalorização. Nos últimos anos, os reajustes ficaram abaixo da inflação. Agora, mais uma vez, a prefeitura oferece uma proposta que não cobre nem as perdas do ano”, afirmou durante o evento.

O sindicato também cobra a equiparação do valor da hora trabalhada entre enfermeiros que cumprem jornadas de 30 horas e os que trabalham 40 horas semanais. Segundo Ludmila, a prefeitura ainda não marcou uma nova data para continuidade das negociações. 

A gente não quer chegar ao extremo da greve, mas essa tem sido a única alternativa deixada pelo prefeito. Se não houver nenhuma contrapartida, a paralisação será inevitável”, declarou a dirigente sindical.

O estado de greve permite à categoria iniciar uma paralisação completa a qualquer momento, caso não haja avanço nas tratativas. 

O Jamildo.com procurou a Prefeitura do Recife sobre o tema, quando houver um retorno, essa matéria será atualizada.