Raquel Lyra comenta pesquisa Datafolha contra João Campos e indica "estratégia" sobre a RMR

Raquel Lyra falou sobre pesquisa Datafolha que a coloca atrás de João Campos. Governadora comentou sobre ações na RMR, espaço com menor aprovação

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 30/10/2025, às 06h28 - Atualizado às 07h27

Governadora Raquel Lyra em evento de lançamento da nova marca do Porto de Suape
Raquel Lyra respondeu sobre pesquisa Datafolha que a mostra atrás de João Campos nas intenções de voto - REPRODUÇÃO/ INSTAGRAM @raquelyra

Pesquisa Datafolha: Levantamento para 2026 mostra João Campos (PSB) com 52% das intenções de voto para governador, contra 30% de Raquel Lyra (PSD). Em um 2º turno, o placar seria 58% a 35%.

Reação de Raquel: A governadora minimizou o resultado, disse que pesquisa é um "termômetro" e focou nas entregas de sua gestão, que, segundo ela, "estão acontecendo todos os dias".

Aprovação vs. Voto: Embora atrás na disputa eleitoral, a gestão de Raquel Lyra tem 57% de aprovação (ótimo/bom + regular), segundo o mesmo Datafolha.

Desafio na RMR: A aprovação da governadora é maior no interior (62%), mas ela enfrenta 55% de desaprovação na Região Metropolitana.

Estratégia: Aliados admitem que o desafio é converter aprovação em votos; Raquel Lyra citou a redução da violência (roubo em coletivos) e investimentos em saúde como estratégia para a RMR.

De volta a Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSD) comentou, na quarta-feira (29), a pesquisa Datafolha que a coloca atrás do prefeito do Recife, João Campos (PSB), na disputa pelo Governo de Pernambuco em 2026.

O levantamento, encomendado pelas rádios CBN Recife e CBN Caruaru, mostra João Campos com 52% das intenções de voto no cenário estimulado, contra 30% de Raquel Lyra. Em um eventual segundo turno, o placar seria de 58% para o socialista contra 35% para a tucana.

Raquel Lyra, que retornou de uma missão internacional na China e Dinamarca, minimizou os números. “Pesquisa é termômetro para que a gente possa entender melhor as necessidades e prioridades da população [...] A gente precisa ter fixado é naquilo que se comprometeu com o povo de Pernambuco. É garantir que as entregas possam acontecer, e estão acontecendo todos os dias”, comentou a governadora.

Apesar da desvantagem na intenção de voto, a mesma pesquisa Datafolha apontou que a gestão de Raquel Lyra tem 57% de aprovação (soma de "ótimo/bom" com "regular"). No entanto, sua aprovação é maior no interior (62%), enquanto na Região Metropolitana do Recife (RMR), base de João Campos, a desaprovação chega a 55%.

Estratégia para a RMR

Questionada sobre a baixa popularidade na RMR, Raquel Lyra afirmou que o governo tem atuado com "estratégia" na região, focando principalmente em segurança e saúde.

"A gente tem trabalhado isso com estratégia. Estamos no 18º mês de redução consecutiva de crime contra o patrimônio, de homicídio, derrubamos mais de 80% dos crimes de roubo em coletivos", disse.

A governadora mencionou a reforma de hospitais, mutirões de cirurgia, investimentos em saneamento e infraestrutura como focos de sua gestão na RMR. "É óbvio que há um foco muito grande no atendimento à população que mais precisa, porque 43% da população vive aqui (na RMR) e a gente está trabalhando todos os dias para poder cuidar dela melhor", finalizou.

Desafio é converter aprovação em voto

Na Assembleia Legislativa (Alepe), o deputado Izaías Régis (PSDB) repercutiu os números com otimismo. Ele comemorou a aprovação de 57% e o empate com João Campos na pesquisa espontânea (ambos com 23%).

No entanto, Régis admitiu a dificuldade que os números revelam. “O grande desafio da nossa base é converter essa aprovação em intenção de votos [...] essa aprovação de 57% mostra que o governo é reconhecido pela população, mas quando nos voltamos para a estimulação de intenção de voto, o nosso adversário ainda aparece à frente, afirmou o deputado.

O deputado citou a viagem de Raquel Lyra e os anúncios recentes, como a antecipação da obra da Maersk/APM Terminals em Suape e as tratativas para modernização do Metrô do Recife com uma fabricante chinesa, como "fatos concretos" que mostram o avanço do estado.