Já em tom eleitoral, aliados de Raquel Lyra teceram críticas à Prefeitura do Recife por atrasos nas obras prometidas por João Campos
por Cynara Maíra
Publicado em 23/10/2025, às 10h35 - Atualizado às 11h55
Críticas a João Campos: Deputados aliados de Raquel Lyra, como Antonio Moraes (PP) e Socorro Pimentel (União Brasil), criticaram atrasos em obras da Prefeitura do Recife durante sessão na Alepe.
Obras Citadas: Foram mencionados o calçadão de Boa Viagem, a Ponte Giratória, o Hospital da Criança e o Parque Eduardo Campos como exemplos de projetos com prazos estourados na gestão João Campos.
Estratégia Governista: A ação é vista como uma resposta às críticas da oposição sobre a lentidão do governo estadual, transferindo o foco para a gestão municipal do PSB.
Reação da Oposição: Sileno Guedes (PSB) e Rodrigo Farias (PSB) rebateram, defendendo o papel fiscalizador da oposição e acusando o governo estadual de falta de entregas e gestão.
Clima Eleitoral: A troca de acusações, envolvendo diretamente o prefeito do Recife, intensifica o clima de disputa visando as eleições de 2026.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi palco de um novo capítulo da disputa política entre governistas e oposição na quarta-feira (22).
Após diversas reclamações direcionadas à gestão do Governo de Pernambuco, deputados aliados da governadora Raquel Lyra (PSD) direcionaram críticas ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), citando atrasos em obras da gestão municipal.
Os deputados Antônio Moraes (PP) e Socorro Pimentel (União Brasil), líder do governo na Alepe, aproveitaram apartes durante o discurso do deputado Sileno Guedes (PSB) para elencar obras da Prefeitura do Recife que, segundo eles, estão com prazos estourados.
A estratégia parece ser a de rebater as críticas da oposição, que acusa o governo Raquel Lyra de morosidade, apontando problemas na gestão do principal adversário político da governadora.
Antonio Moraes citou especificamente o calçadão de Boa Viagem, a Ponte Giratória no Recife Antigo, o Hospital da Criança e o Parque Eduardo Campos como exemplos de projetos com cronogramas não cumpridos pela gestão João Campos.
"Falar em planejamento e entrega de obras, a prefeitura do Recife não é um bom exemplo", afirmou Moraes, contrastando com o que chamou de avanços do governo estadual, como a recuperação de estradas e a construção de creches.
Socorro Pimentel reforçou as críticas, mencionando "aditivos contratuais que postergam o encerramento das obras citadas" e acusou a oposição de antecipar o debate eleitoral. "Deve ser muito difícil fazer oposição a uma governadora que tá trabalhando, que tá fazendo entregas", provocou a líder do governo.
Sileno Guedes, alvo dos apartes, rebateu as críticas, mas sem responder diretamente sobre os atrasos nas obras municipais. Ele defendeu o papel da oposição em cobrar agilidade da governadora e negou que o PSB seja responsável pela lentidão do governo estadual.
"Eu nunca vi o prefeito do Recife dizer que a culpa da não conclusão da das obras da ponte giratória era da Câmara de Vereadores", alfinetou Guedes, em referência às acusações de Álvaro Porto de que Raquel Lyra culpa a Alepe por seus próprios atrasos.
O deputado Rodrigo Farias (PSB) também respondeu aos governistas, ironizando o fato de deputados da base citarem mais o PSB do que a própria oposição. Ele acusou o governo estadual de transformar Pernambuco em uma "corretora de imóveis", citando uma suposta desapropriação de prédios sem projetos definidos, e afirmou que falta "entrega" e "gestão".
O embate desta quarta-feira ocorre após o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), ter criticado a governadora na segunda-feira (20), acusando-a de falta de gestão na execução de empréstimos já autorizados pela Casa.
Antônio Moraes já havia defendido o governo na terça-feira (21), explicando que o atraso na aprovação de um crédito pela Alepe obrigou a gestão a usar outra fonte de recurso para iniciar obras como o Arco Metropolitano.
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