Presidente do TJPE assume interinamente Governo de Pernambuco e consegue marco histórico

O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Ricardo Paes Barreto, assumirá interinamente o comando do Governo do Estado entre os dias 24 e 28 de outubro. A informação foi divulgada em primeira mão pelo Blog do Elielson. 

A transmissão de cargo ocorre porque a governadora Raquel Lyra (PSD) e a vice-governadora Priscila Krause (PSD) estarão em viagem internacional, e o presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), que seria o próximo na linha sucessória, abriu mão de assumir o posto.

A governadora Raquel Lyra está em missão na China e na Dinamarca desde a última terça-feira (14), e a vice, Priscila Krause, se juntará à comitiva no dia 24.

A posse temporária estabelece um marco histórico para Paes Barreto, que se torna o único presidente do TJPE a ter exercido, em uma mesma gestão, as funções de prefeito do Recife e de governador de Pernambuco. Em abril de 2024, ele comandou a Prefeitura do Recife durante uma viagem internacional do prefeito João Campos (PSB).

Durante o período como prefeito interino, Paes Barreto se tornou o primeiro presidente de um Tribunal de Justiça a assumir a liderança de uma capital brasileira. Isso porque a resolução sobre a linha sucessória do Recife só ocorreu em março de 2024, que definiu que após prefeito, vice e líder da Câmara, viria o líder do TJPE. 

Acordo na linha sucessória do Governo de Pernambuco

Seguindo a Constituição Estadual, na ausência da governadora e da vice, o presidente da Alepe seria o substituto natural. No entanto, Álvaro Porto, adversário político de Raquel Lyra, optou por não assumir o governo. Com isso, ele terá que se ausentar do estado durante o período para que a linha sucessória seja cumprida.

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"Não tenho o menor interesse em assumir o governo do estado neste momento. Além disso, fui procurado pelo presidente do TJPE, com quem mantenho uma relação muito boa, e fiz esse gesto quando ele me consultou", afirmou Porto.

A governadora em exercício, Priscila Krause, negou que houvesse qualquer rejeição ao nome do presidente da Alepe e afirmou que a decisão foi uma forma de prestigiar o chefe do Judiciário. "Não afastamos ninguém. Nós estamos aqui para unir e trazer para junto", declarou na noite de quarta-feira (15), durante a abertura do festival Rec'n'Play.