Gilson Machado defende bandeira dos EUA em ato de 7 de Setembro: “Aliado histórico”

Ex-ministro cita a Segunda Guerra Mundial para defender presença da bandeira norte-americana, criticada por Silas Malafaia em manifestação na Paulista

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 08/09/2025, às 18h40

Bandeira dos Estados Unidos na Av. Paulista e ex-ministro Gilson Machado - DIVULGAÇÃO
Bandeira dos Estados Unidos na Av. Paulista e ex-ministro Gilson Machado - DIVULGAÇÃO

O ex-ministro do Turismo no governo Jair Bolsonaro (PL), Gilson Machado (PL), comentou nesta segunda-feira (8) a presença de bandeiras dos Estados Unidos durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo. A cena gerou repercussão internacional e foi criticada pelo pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação.

Em vídeo, Gilson Machado afirmou que nos movimentos da esquerda há bandeira de outros países, como da Palestina. Em seguida, justificou que a bandeira norte-americana deve ser vista como símbolo de um aliado histórico do Brasil, fazendo referência à Segunda Guerra Mundial.

Nos movimentos da esquerda, sempre teve bandeira do Hamas, da Palestina. Estados Unidos sempre foi um aliado histórico do Brasil. Não é de hoje. Vou recordar ainda mais. Vocês se lembram do episódio chamado Segunda Guerra Mundial? Vocês sabem o que estava escrito no manual de Hitler do nazismo? Que o mundo inteiro tinha que falar alemão. Você já pensou se os Estados Unidos não tivessem se juntado a nós? Foi o nosso aliado mais forte”, disse Gilson.

Críticas de Malafaia

O posicionamento de Gilson Machado contrasta com a avaliação do pastor Silas Malafaia, que organizou o ato de Bolsonaro no domingo (7). Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Malafaia disse ter ficado “indignado” com a cena e defendeu que o gesto não se repita.

“A minha vontade era pedir para arrancar a bandeira. Esse pessoal não tem noção nenhuma”, afirmou o pastor.

Malafaia disse não saber de quem partiu a iniciativa e levantou a possibilidade de que o gesto tenha sido feito por “esquerda infiltrada” para “desmoralizar o evento”. Ele ressaltou que, em manifestações futuras organizadas por ele, a bandeira norte-americana não será permitida.

Reprovo 1000%. Não tem nada a ver com o americano. Aquilo é independência, é Brasil, povo brasileiro. O foco é quem é a favor da anistia, quem é contra. As manifestações a favor da anistia foram grandiosas”, declarou.

Bandeira dos Estados Unidos na Paulista

Bandeira dos Estados Unidos na Av. Paulista durante 7 de setembro, dia da Independência do Brasil

As bandeiras norte-americanas chamaram atenção durante o feriado da Independência do Brasil e foram destacadas por veículos de imprensa internacionais, que relacionaram os atos à influência do ex-presidente Donald Trump sobre o bolsonarismo.

O 7 de Setembro foi marcado por manifestações tanto de apoiadores quanto de críticos de Jair Bolsonaro em 25 capitais e no Distrito Federal. O pano de fundo dos atos foi o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).