Com movimentação, ficam apenas Carlos Veras, Osmar Ricardo e Fernando Ferro na disputa pelo PT PE. CNB é o grupo de Humberto Costa e entrou em consenso
por Cynara Maíra
Publicado em 23/05/2025, às 07h45 - Atualizado às 09h01
A reunião entre os candidatos a líder do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT-PE) parece ter surtido o efeito desejado de diminuir o número de chapas na disputa.
Na quinta-feira (22), a corrente dentro do PT alinhada ao senador Humberto Costa, intitulada Construindo Um Novo Brasil (CNB), estabeleceu o deputado federal Carlos Veras como seu nome na eleição.
Até então, além de Carlos Veras, dois nomes do CNB estavam na disputa, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, e o secretário-geral do PT-PE, Sérgio Goiana.
Com a definição de um nome de consenso dentro do CNB, o grupo da senadora Teresa Leitão, chamado de Coletivo PT Militante, tirou o nome de Messias Melo da disputa.
Para coluna de Betânia Santana na Folha de Pernambuco, Teresa Leitão falou que o nome do ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Messias Melo seria “o melhor”, mas que decidiram se conduzir com quem juntou mais apoios para o pleito.
Apesar do consenso entre Teresa e Humberto no âmbito estadual, os dois senadores continuam em oposição na disputa pelo diretório municipal do PT no Recife. Teresa apoia a reeleição de Cirilo Mota, enquanto Humberto endossa o ex-vereador Jairo Brito.
Com a desistência do grupo de Teresa, continuam na disputa contra Veras o vereador do Recife Osmar Ricardo, que compõe o grupo Alternativa Socialista Democrática, e o ex-deputado Fernando Ferro, que representa as divisões “Avante e Diálogo” e “Ação Petista”.
Também para Betânia Santana, ambos negaram possibilidade de retirar suas candidaturas.
Fernando Ferro, inclusive, foi um dos críticos ferrenhos do apoio do PT ao nome do prefeito João Campos (PSB) na eleição de 2024.
O político defende o protagonismo da legenda e que o partido deveria ter lançado candidatura própria, como sempre fez na capital pernambucana.
Anteriormente, Carlos Veras já tinha conseguido o endosso da Militante Maria dos Prazeres, a primeira a desistir da candidatura após assumir um cargo na Prefeitura do Recife.
Em nota para declarar sua desistência, a petista afirmou que o endosso a Veras tinha o objetivo de uma “estratégia em nome da unidade partidária” e que o deputado federal tem “as condições necessárias para unir o partido neste momento de tantos desafios”.