Inicialmente com 7 candidatos, políticos do PT de Pernambuco tentam diminuir volume de concorrentes e evitar desgaste no PT PE
por Cynara Maíra
Publicado em 20/05/2025, às 09h15 - Atualizado às 10h19
Após desistir da candidatura para assumir a chefia do gabinete da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura do Recife, a militante Maria das Prazeres Barros, declarou apoio ao deputado federal Carlos Veras (PT-PE) na disputa pela presidência estadual do Partido dos Trabalhadores.
Inicialmente com sete candidatos para liderar o PT-PE, os políticos devem utilizar as próximas semanas antes da eleição para reduzir o volume de concorrentes e evitar maiores desgastes internos na legenda. O pleito será no dia 6 de julho.
Em carta divulgada neste início de semana, Prazeres justificou o endosso ao nome de Carlos Veras como uma “estratégia em nome da unidade partidária” e afirmou ver em Veras “as condições necessárias para unir o partido neste momento de tantos desafios”.
Continuam como candidatos à presidência estadual do PT os nomes de:
A retirada de Prazeres e o endosso ao nome de Veras devem repercutir nas conversas agendadas para a próxima quinta-feira (22), quando os candidatos tentam novo entendimento.
A reunião foi articulada por Messias Melo, ex-presidente da CUT e apoiado pela senadora Teresa Leitão, que tem defendido a redução no número de postulantes para evitar fragmentação.
A tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), liderada pelo senador Humberto Costa, registrou inicialmente três nomes: Carlos Veras, Márcia Conrado e Sérgio Goiana. A expectativa é que, com o avanço das negociações, o grupo aponte uma candidatura única para consolidar forças.
Veras afirmou que mantém a disposição de concorrer, mas que abriria mão da disputa caso surja um nome com maior capacidade de unificação. “Não aparecendo, cumprirei minha tarefa partidária, disputando a eleição”, disse.
Até o início da semana, apenas Osmar Ricardo e Sérgio Goiana não haviam confirmado presença no encontro de quinta-feira.
Mais do que o controle do diretório estadual, a eleição do próximo dia 6 de julho poderá influenciar na estratégia do PT para as eleições de 2026.
As divergências internas vão desde o modelo de relação com o PSB do prefeito João Campos até a aproximação, ainda incipiente, com setores da gestão da governadora Raquel Lyra (PSD).
Entre os defensores de maior autonomia partidária está o ex-deputado Fernando Ferro, que tem se posicionado contra a atual lógica de alianças e defende um “resgate do protagonismo do PT em Pernambuco”.