Teresa Leitão afirma que julgamento de Bolsonaro é “marco para a democracia brasileira”

Para Teresa Leitão, senadora pernambucana, o julgamento que teve início nesta terça-feira (25) carrega uma importância histórica para o Brasil

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 25/03/2025, às 17h01 - Atualizado às 18h20

A senadora se pronunciou e destacou a importância de proteger a democracia. - Reprodução
A senadora se pronunciou e destacou a importância de proteger a democracia. - Reprodução

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) se pronunciou no Senado, nesta terça-feira (25), sobre o julgamento que teve inicio no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 pessoas por tentativa de golpe de Estado, em 08 de janeiro de 2023.

De acordo com a senadora, o evento é um marco para a democracia brasileira. “O julgamento que acompanhamos a partir de hoje será, portanto, mais do que um ato processual: será um momento de afirmação dos valores que sustentam a democracia brasileira”, afirmou ela. 

O julgamento, que começou na manhã desta terça-feira, é conduzido pela Primeira Turma do STF e tem Alexandre de Moraes como relator. O objetivo é julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decidir se as oitos pessoas irão, ou não, se tornar réus por tentativa de golpe.

O advogados de todos os acusados tiveram 15 minutos para defender seus clientes e o julgamento deve continuar nesta quarta-feira (26).

Quem está sendo julgado?

  • Ex-presidente Jair Bolsonaro
  • Deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) 
  • Ex-comandante da Marinha Almir Garnier
  • Ex-ministro da Justiça Anderson Torres
  • Ex-ministro da Justiça Augusto Heleno
  • Tenente-coronel Mauro Cid
  • General Paulo Sérgio Nogueira
  • General Walter Braga Netto

O advogado de Bolsonaro afirmou que o ex-chefe do Executivo nunca teve relação com o planejamento do assassinato Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes. Além disso, ele também afirmou que o seu cliente teria "repudiado" o ato de 8 de janeiro, que consistiu na invasão dos Três Poderes, em Brasília. 

Ele defendeu, ainda, que a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, seria duvidosa. O advogado do ex-presidente e os que estavam representando outros acusados se queixaram da falta de "completude da mídia das provas". Segundo eles, a defesa não teve acesso a todas as provas entregues ao STF pela PGR.