Após Rueda apoiar Miguel Coelho para o Senado, Eduardo da Fonte lançará pré-candidatura
Logo após João Campos se reunir com Rueda e presidente nacional do UB apoiar Miguel Coelho para o Senado, Eduardo da Fonte quer oficializar pré-candidatura
por Cynara Maíra
Publicado em 09/12/2025, às 08h58 - Atualizado às 09h49
Eduardo da Fonte (PP) decidiu antecipar o lançamento de sua pré-candidatura ao Senado após Antônio Rueda (União Brasil) apoiar Miguel Coelho em evento com João Campos.
O Progressistas controla a federação em Pernambuco com placar de 5 a 2 na executiva e planeja ato político ainda em 2025 para oficializar Dudu.
Em entrevista recente ao PodJá, Eduardo da Fonte havia pregado "construção coletiva" e diálogo com Miguel, mas o cenário mudou com a movimentação do União Brasil.
A aliança do PP com Raquel Lyra (PSD) é sustentada por cargos estratégicos no governo, como a secretaria de Kaio Maniçoba e a direção da Arena Pernambuco com Michelle Collins.
Apesar de João Campos ter elogiado Dudu publicamente, membros do PP rejeitam a mudança de lado, temendo uma rebelião na bancada estadual.
Após o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, declarar apoio à pré-candidatura de Miguel Coelho ao Senado durante encontro com o prefeito do Recife João Campos (PSB) no Sertão, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) decidiu antecipar os movimentos para oficializar sua própria postulação à Casa Alta.
O Progressistas, que detém o comando estadual da federação e a maioria dos votos na executiva local (5 a 2 contra o União Brasil), planeja realizar um ato político ainda em 2025 para lançar o nome de Dudu da Fonte.
A reação do PP ocorre porque essa representação de poder do União Brasil em defender o nome de Miguel em um estado que a federação é comandada pelo Progressista.
Apesar da situação, durante entrevista ao PodJá- O Podcast do Jamildo, Eduardo da Fonte afirmou que o Senado era uma construção coletiva e que ocorreria diálogo com Miguel Coelho para conciliar os interesses de ambas as legendas. Veja o episódio:
Com a maioria na executiva estadual, o deputado tem o controle da máquina partidária para vetar movimentos que contrariem os interesses do grupo.
O racha na Federação e a aliança com Raquel
O movimento de Rueda em favor de Miguel Coelho, que é aliado de João Campos, expõe a divisão da federação no estado.
Isso porque o PP é um dos principais pilares da governabilidade de Raquel Lyra na Assembleia Legislativa (Alepe) e o grupo de Miguel busca espaço na chapa de oposição liderada pelo PSB.
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Alguns nomes cogitam a possibilidade de Eduardo da Fonte aceitar apoiar João Campos novamente, mas alguns dos nomes do PP rechaçam essa hipótese, afirmando que o partido tem um compromisso firme com a governadora e que uma mudança de rumo poderia provocar uma rebelião na bancada estadual.
João já chegou a elogiar Dudu ao longo desse ano, ao afirmar que o deputado é uma pessoa de "muitas virtudes".
Desde o começo do ano Raquel parece tentar garantir o endosso do Progressistas ao seu nome, conduzindo indicados do partido para o Governo. Entre representantes do PP na gestão estão Kaio Maniçoba, que atua como secretário, e a missionária Michelle Collins, que dirige a Arena Pernambuco.
