Após fala de Marília Arraes sobre chapa ao Senado, João Campos tem encontro com deputada

Depois de rumores sobre uma possível interlocução entre Marília Arraes e Raquel Lyra, João Campos e ex-deputada se reuniram para conversar

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 21/11/2025, às 09h06 - Atualizado às 10h09

João Campos e Marília Arraes sorriem abraçados lado a lado
João Campos e Marília Arraes se reuniram nesta semana - Reprodução

Encontro: João Campos (PSB) e Marília Arraes (Solidariedade) se reuniram e postaram foto para reafirmar aliança.

Pressão: Reunião ocorre após Marília defender que chapa ao Senado deve ter "nomes competitivos" e não candidatos que precisem ser "arrastados".

Pesquisas: Marília lidera Datafolha de outubro com 39%; Silvio Costa Filho (Republicanos) tem 9%.

Rumores: Ex-deputada negou qualquer conversa com a governadora Raquel Lyra (PSD).

Plano B: Bastidores cogitam candidatura de Marília à Câmara pelo PSB caso vaga ao Senado não se confirme.

Em meio à disputa entre os possíveis candidatos ao Senado na chapa do prefeito João Campos (PSB), o gestor do Recife fez uma nova movimentação poucos meses antes do início de 2026. 

Na mesma semana que a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) falou sobre a necessidade de ter nomes competitivos para a chapa do Senado em 2026, os dois primos se reuniram e publicaram uma foto juntos.

O gesto público, divulgado nas redes sociais, tenta dissipar os rumores de que Marília estaria dialogando com a governadora Raquel Lyra (PSD) e mostrar que a ex-deputada continua no páreo. Marília já negou a possibilidade de conversa com sua ex-adversária na eleição de 2022.

Na legenda, o socialista escreveu: "Botando a conversa em dia com @mariliaarraes, projetando muita coisa boa pela frente".

Na segunda-feira, em entrevista para Rádio Folha, Marília afirmou que a disputa de 2026 não pode ter nomes ao Senado que sejam arrastados pelo candidato ao Governo. 

A fala de Marília teve endereço certo. Embora a presença do senador Humberto Costa (PT) na chapa seja dada como segura devido à aliança nacional PT-PSB, a segunda vaga permanece em disputa aberta.

Ao defender um "nome competitivo", a ex-deputada coloca seu capital eleitoral na mesa contra o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil).

A pesquisa Datafolha divulgada em outubro sustenta o argumento da política. O levantamento  coloca Marília na liderança de todos os cenários, com 39% das intenções de voto. Humberto aparece com 26% e Miguel Coelho com 19%. O ministro Silvio Costa Filho registra apenas 9%, índice que, na lógica defendida por Marília, exigiria um esforço excessivo da chapa para elegê-lo.

Apesar da postura firme sobre o Senado, os bastidores apontam caminhos alternativos. Aliados avaliam que, caso a vaga na majoritária não se concretize, uma candidatura à Câmara Federal pelo PSB seria possível.

A manobra transformaria Marília em uma puxadora de votos para a legenda socialista, preservando espaço no Solidariedade para a reeleição de sua irmã, Maria Arraes.