Faltam mais de 60 cozinhas comunitárias instaladas para gestão de Raquel Lyra chegar na meta de 300 equipamentos até o fim de 2025
por Cynara Maíra
Publicado em 21/11/2025, às 07h45 - Atualizado às 08h21
Marca Atingida: Programa Bom Prato supera 1 milhão de refeições servidas por mês em Pernambuco.
Corrida contra o Tempo: Com 237 unidades ativas, governo precisa entregar mais 63 cozinhas para bater a meta de 300 até o fim de 2025.
Cobrança Pública: Raquel Lyra (PSD) pressionou o secretário Carlos Braga para cumprir o prazo estipulado.
Investimento: Estado repassa R$ 50 mil para implantação e R$ 20 mil mensais para custeio de cada cozinha municipal.
Novo Fundo: Governadora enviou projeto à Alepe para criar fundo específico de combate à fome (FESSAN).
Na quarta-feira (19), com a entrega de uma nova cozinha comunitária em Arcoverde, o Governo de Pernambuco ultrapassou a marca de 1 milhão de refeições servidas mensalmente pelo programa Bom Prato. A nova unidade de Arcoverde, entregue nesta quarta, é a terceira do município e conta com equipe de oito profissionais.
Apesar do marco, a gestão de Raquel Lyra (PSD) corre contra o tempo para cumprir a promessa de entregar 300 cozinhas comunitárias até o fim de 2025. Com a nova unidade, restam 63 unidades para bater a meta estipulada.
A corrida pelos números não é apenas administrativa, mas política. Pressionada pelos ataques da oposição, que criticam a gestora por uma suposta falta de celeridade em entregas, Raquel Lyra teria apenas os primeiros meses de 2026 para fazer maiores anúncios, antes do período eleitoral.
Na última semana, durante um encontro com gestores municipais no Recife, Raquel cobrou publicamente o secretário de Assistência Social, Carlos Braga, sobre o cronograma de entregas.
O auxiliar reafirmou nesta quarta que a pasta espera "chegar às 300 cozinhas comunitárias até o final do ano", o que exige um ritmo acelerado de inaugurações nas próximas semanas.
Com funcionamento de segunda a sexta-feira, o estado projeta agora 1.042.800 almoços mensais. Desde o início da gestão, em 2023, o total acumulado passa de 19,4 milhões de refeições.
O projeto entrou como uma das apostas da governadora para sua gestão. Até 2022, o estado tinha 55 cozinhas nessa modalidade, um salto de mais de 200 unidades entregues em quase 3 anos.
Para garantir a adesão dos municípios, o Estado utiliza a transferência "fundo a fundo". O governo banca a implantação com R$ 50 mil e garante um custeio mensal de R$ 20 mil após a inauguração.
A operação cotidiana fica a cargo das prefeituras, que devem servir no mínimo 200 refeições diárias, priorizando encaminhamentos dos CRAS e CREAS.
Além da pressão sobre a estrutura estatal, Raquel tenta institucionalizar o orçamento da área. A governadora enviou à Assembleia Legislativa (Alepe) um projeto para criar o Fundo Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (FESSAN).