Marília Arraes defende nome competitivo ao Senado em meio à competição por vaga na chapa de João Campos

Marília Arraes também negou ter contatado Raquel Lyra. Defesa de "nome competitivo" valoriza Marília, que tem melhores índices em pesquisas ao Senado

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 18/11/2025, às 08h00 - Atualizado às 08h26

Marília Arraes e João Campos, em evento do Solidariedade
Marília Arraes afirma que vagas ao Senado devem focar em nomes competitivos, que garanta votos por si - DIVULGAÇÃO

Marília Arraes (Solidariedade) defendeu que a chapa ao Senado tenha "nomes competitivos", criticando candidaturas que precisam ser "arrastadas".

A fala valoriza sua posição de liderança no Datafolha (39%), à frente de Humberto Costa (26%) e Miguel Coelho (19%).

O ministro Silvio Costa Filho (9%) seria o mais prejudicado pela lógica de competitividade.

Marília negou ter procurado Raquel Lyra (PSD) e descartou candidatura avulsa, mas bastidores não eliminam a chance de disputar a Câmara.

A disputa pela segunda vaga na chapa de João Campos (PSB) segue indefinida, com Humberto Costa praticamente garantido na primeira.

A ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) defendeu na segunda-feira (17) que a chapa para o Senado em 2026 foque em nomes competitivos, e não por figuras que precisem ser "arrastadas" pelo candidato ao Governo. "Não será uma eleição para se arrastar ninguém", afirmou Marília.

A declaração em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha, ocorre em meio à indefinição na chapa do prefeito João Campos (PSB).

Embora o senador Humberto Costa (PT) tenha posição mais segura devido à aliança nacional PT-PSB, a segunda vaga tem uma disputa entre Marília, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil) e o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos).

Ao defender um "nome competitivo", Marília valoriza seu próprio capital político. A pesquisa Datafolha divulgada em outubro a coloca na liderança em todos os cenários, com 39% das intenções de voto, à frente de Humberto Costa (26%) e Miguel Coelho (19%).

Silvio Costa Filho aparece com apenas 9%, o que, na lógica defendida por Marília, o colocaria em desvantagem.

Descartando Raquel Lyra e candidatura avulsa

Marília Arraes também aproveitou para negar rumores de que teria procurado a governadora e ex-adversária Raquel Lyra (PSD) para compor sua chapa. "Não houve conversa nenhuma nesse sentido... São informações sem CPF, sem identificação", rechaçou.

A ex-deputada também descartou, por ora, uma candidatura avulsa ao Senado ou um recuo para disputar a Câmara Federal.

No entanto, bastidores já revelados pelo Jamildo.com indicam que aliados cogitam que, caso Marília não consiga a vaga na chapa majoritária de João Campos, uma candidatura à Câmara pelo PSB poderia ser uma alternativa.

A ideia seria que a ex-deputada poderia ser uma boa puxadora de votos e manteria espaço para a reeleição de sua irmã, Maria Arraes, no Solidariedade.

Apesar da liderança nas pesquisas, Marília enfrenta obstáculos. Seu partido, o Solidariedade, é menor que as legendas dos concorrentes. Além disso, há o receio de que sua candidatura divida o eleitorado de esquerda com Humberto Costa.