Clara Nilo | Publicado em 02/07/2025, às 17h47 - Atualizado às 18h16
Durante o lançamento do Plano Safra 2025-2026, que prevê financiamentos de até R$ 516 bilhões para agricultores de médio e grande porte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teceu críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante o seu discurso para a plateia de produtores rurais, o chefe do executivo brasileiro fez referência ao momento em que parte dos apoiadores do ex-presidente, hoje réu do Supremo Tribunal Federal (STF), realizou doações para o mesmo através do Pix.
A campanha, a famosa "vaquinha", aconteceu mais de uma vez e foi organizada por fãs e aliados de Bolsonaro, como o ex-ministro do Turismo, o pernambucano Gilson Machado (PL), que, recentemente, foi preso no Recife. O objetivo da arrecadação seria para que ele pagasse contas de condenações judiciais.
"Nunca vou pedir para vocês fazerem PIX para mim. Guardem o dinheiro para pagar os funcionários. Não quero PIX e jamais vou pedir anistia antes de ser condenado. Quem é frouxo não deveria fazer bobagem", ressaltou o presidente Lula no evento.
Além de abordar esta tópico, o presidente também aproveitou o momento para ressaltar o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem sido alvo de críticas devido ao seu plano fiscal.
"Poucos países do mundo têm um ministro com a seriedade que o Haddad tem. Eu vi a quantidade de bravatas que o Paulo Guedes [ministro do governo Bolsonaro] fazia. Ninguém cobrava responsabilidade fiscal, porque ninguém cobrava o teto de gastos", disparou.
Ainda nesta semana, o Congresso derrubou o decreto presidencial que aumentava o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Em resposta, a Advocacia Geral da União (AGU), declarou que o poder executivo irá levar a questão até o STF.
"Se eu não entrar com recurso no poder Judiciário, se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele legisla, e eu governo. Eu mando um projeto de lei, eles podem aprovar ou não. Se eu vetar, eles podem derrubar o meu veto, e se eu não gostar, eu vou no poder Judiciário. Qual é o erro nisso?", afirmou Lula sobre o caso.
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