Cynara Maíra | Publicado em 04/11/2025, às 11h40 - Atualizado às 12h13
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promulgou na segunda-feira (03) alterações na Lei Complementar Nº 566. O material cria uma série de novos benefícios para os Defensores Públicos do Estado.
A lei, que altera a organização da Defensoria Pública (DPPE), foi assinada pelo presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), e publicada no Diário Oficial desta terça-feira (4).
Após ser enviado pela própria Defensoria em outubro e ter sido aprovado no mesmo mês pelos deputados, a nova lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2026. Segundo a justificativa do órgão, o objetivo das alterações é garantir "isonomia funcional" com outras carreiras do sistema de justiça.
A principal mudança está no Art. 43, que equipara as férias dos defensores às de magistrados (juízes) e membros do Ministério Público (promotores), garantindo 60 dias de férias anuais.
Além da ampliação do recesso, a lei institui novos auxílios e gratificações para a carreira:
Venda de Férias: O Art. 43-C permite a conversão de até um terço (1/3) das férias não gozadas em abono pecuniário (dinheiro), mediante necessidade do serviço e disponibilidade orçamentária.
Gratificação por Acervo: Cria a "gratificação de acúmulo de acervo processual", um bônus para defensores com sobrecarga de trabalho. O valor será disciplinado pelo Conselho Superior da Defensoria.
Auxílio-Tecnologia: Institui o "auxílio-tecnologia", um reembolso para custos com equipamentos e soluções de TI. Na justificativa do projeto, a Defensoria afirmou que muitos membros "arcam, com recursos próprios" com essas ferramentas.
A proposta enviada à Alepe pelo Defensor Público-Geral, Henrique Seixas, defendia as medidas como necessárias devido ao "elevado índice de adoecimento mental e físico" e à "sobrecarga de trabalho" da categoria, e não como "criação de privilégios".
A nova lei também cria o cargo de Diretor de Engenharia na estrutura da DPPE e estabelece uma ajuda de custo de R$ 3.000,00 para até 10 militares da reserva que atuam na segurança institucional do órgão. As despesas correrão por conta do orçamento próprio da Defensoria Pública.
Após cinco fiscalizações, CPRH descarta mortes de cavalos-marinhos e tartarugas por conta de dragagem em Suape
Alepe quer tornar Itamaracá Área Especial de Interesse Turístico após demolição de penitenciária; entenda o que mudaria
Carlos Gil Rodrigues é o novo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco