Governo de Pernambuco desativa o Presídio Marcelo Francisco de Araújo, no Recife

Além da desativação do Presídio Marcelo Francisco de Araújo, a gestão de Raquel Lyra está reformando e inaugurando outras unidades em Pernambuco

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 01/06/2025, às 08h21 - Atualizado às 08h41

Partes da unidade foram demolidas - Cristiano Regis/Seap
Partes da unidade foram demolidas - Cristiano Regis/Seap

Como parte do programa Juntos pela Segurança e com o objetivo de reestruturar o sistema penitenciário de Pernambuco, o Governo do Estado desativou totalmente o Presídio. Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), que fazia parte do Complexo Prisional do Curado (CPC), no Recife.

A ação já estava acontecendo, gradualmente, desde março deste ano, quando havia, em média, 300 detentos no local. Com a transferência dos últimos 30, na última semana, para o Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (Pjallb) e para o Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), no próprio Complexo do Curado, o Pamfa foi fechado e, em partes, demolido.

O motivo principal para o fechamento foram as condições precárias do prédio. De acordo com o governo, as unidades para quais as pessoas privadas de liberdade foram transferidas teriam uma "melhor habitalidade".

"O Pamfa serviu durante muitos anos ao Estado, mas devido à situação precária do prédio e das poucas condições de habitabilidade, não só a desativação, mas a demolição do espaço foi inevitável”, explicou Paulo Paes, secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco.

De forma. símbolica, um dos pavilhões, a igreja e o galpão de visita foram demolidos. 

Outras ações

Como parte da reestruturação do sistema prisional, também foi desativada a histórica Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, que apresentava condições precárias. Além disso, foi inaugurada uma nova unidade na capital, o Presídio Policial Penal Leonardo Lago (PLL).

Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a Penitenciária Juiz Plácido de Souza está passando por obras. Já em Araçoiaba e Itaquitinga, novas unidades prisionais estão sendo construídas, com o objetivo de ampliar a capacidade do sistema.

O governo prevê que, até o próximo ano, o sistema prisional tenha 7.950 novas vagas.