O placar atual está em 5 a 3 e a tendência é que o plenário da Corte decida pela descriminalização do porte de maconha para usuários
por Yan Lucca
Publicado em 25/06/2024, às 15h01
Nesta terça-feira (25), o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento que pode descriminalizar a maconha no Brasil. O placar encontra-se em 5 a 3 que votaram para a prática continuar sendo considerada crime. Votaram a favor:
Até agora dois ministros não votaram: Luiz Fux e Cármem Lúcia. Se mais um voto for a favor da descriminalização, a maioria prevalece. Caso isso ocorra, o STF também estabelecerá uma quantidade exata que o usuário pode portar ou a quantidade de plantas que pode ter em casa para não ser considerada tráfico.
Após a votação, outro ponto importante da discussão é decidir qual a quantidade de maconha que o usuário pode portar. Até então a tese com menos votos — apenas quatro ministros — é a quantidade de 60 gramas.
A discussão não é de agora. A análise do artigo 28 da Lei de Drogas é feita desde 2015, baseado em uma prisão por porte de 3 gramas de maconha.
Recentemente, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou um parecer do deputado Ricardo Salles (PL-SP) que endurece a criminalização dos usuários independente da quantidade de drogas. A descriminalização pelo STF pode gerar mais conflitos entre o legislativo e o judiciário.
Vale ressaltar que desciminalizar o porte para o consumo pessoal da maconha não é o mesmo que legalizar totalmente, uma vez que é proibido a venda e distribuição de qualquer droga no Brasil.
Em linhas gerais, o efeito prático da descriminalização da maconha é impedir que pessoas sejam penalizadas por portar pequenas quantidades de maconha, desde que seja comprovado que é para uso pessoal. A interpretação feita seria que a quantidade é que configura tráfico ou consumo pessoal.
Acompanhe a transmissão ao vivo no canal oficial do STF no Youtube:
O site jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, que liderou o Blog de Jamildo no Jornal do Commercio (JC).
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