Em ano eleitoral, estudo da FGV alerta para uso de IA em conteúdos nas redes sociais

Ajuste do algoritmo para reduzir a circulação de discurso de ódio e desinformação é recomendação do relatório sobre IA (Inteligência Artificial)

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 21/06/2024, às 13h41

Foto de um robô usando celular - Imagem gerada por IA
Foto de um robô usando celular - Imagem gerada por IA

Em outubro de 2024, 5.568 municípios brasileiros vão às urnas para eleger vereadores e prefeitos, mas as campanhas eleitorais começam muito antes.

Se nas eleições de 2018 e 2020 as campanhas digitais já desempenharam um papel fundamental nas campanhas políticas como um todo, esse ano espera-se o uso ainda mais acentuado dessas novas tecnologias.

Os discurso de ódio, a desinformação e os anúncios políticos são algumas das principais preocupações para o processo online e foram riscos mapeados pelo estudo 'Integridade eleitoral no ambiente digital: Riscos e recomendações para as eleições municipais brasileiras', desenvolvido pelo centro alemão Democracy Reporting International (DRI), em parceria com a FGV Comunicação Rio, a FGV Direito Rio e a Lupa.

Segundo os organizadores, foram exploradas as categorias de Estado, Política, Mídia e Sociedade, em busca de mapear riscos e recomendações para autoridades eleitorais, plataformas digitais, organizações da sociedade civil e outros atores políticos.

Os riscos mapeados pelo estudo se dividem em três eixos principais: discurso de ódio, desinformação e anúncios políticos. Com base nesses riscos apresentados pelo debate online nas eleições, a pesquisa traçou recomendações que têm como objetivo o fortalecimento da democracia no ambiente digital e a antecipação aos desafios regulatórios e comunicacionais nas campanhas online em 2024.

O uso de ferramentas avançadas de Inteligência Artificial (IA), juntamente com a moderação humana, para identificar e mitigar efetivamente o discurso de ódio, a desinformação e a polarização de conteúdo e ajustar algoritmos para reduzir a visibilidade de conteúdos enganosos ou prejudiciais foram algumas das principais recomendações sinalizadas pelo relatório.

A culpa deste ambiente é dos deputados federais ou de boa parte deles, uma vez que chegou-se a debater por ano um projeto de lei para combater fake news, mas o projeto acaba de ser jogado no lixo, rejeitado, em uma canetada do presidente da Câmara dos Deputados. A iniciativa faz sentido. São os próprios políticos que usam de todos os artifícios para ganhar as eleições. As fake news são apenas as mais modernas.