Vítimas do escândalo do INSS em PE são tema de audiência pública na Alepe

As vítimas do escândalo do INSS em PE fazem parte dos mais afetados pela operação. O assunto foi tema na Alepe, que cobrou ação do Governo do Estado

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 05/05/2025, às 18h24 - Atualizado às 18h44

Divulgação
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Nesta segunda-feira (5), aconteceu, na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), uma audiência pública para investigar os descontos de aposentados e pensionistas de Pernambuco que foram vítimas do escândalo do INSS. 

O presidente da Comissão de Justiça, deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), indagou sobre o impacto do escândalo no estado de Pernambuco e o que o governo de Raquel Lyra (PSD) estaria fazendo para entrar em contato e informar as vítimias sobre os possíveis descontos irregulares.

A secretária da Controladoria Geral do Estado, Erika Lancet, esclareceu de que forma a situação atípica está sendo lidada. 

“A Contorladoria do Estado já solicitou a Controladoria Geral da União sobre a metodologia que está sendo utilizada para a auditoria e estimamos uma prazo de 6 a 7 meses para conclusão das investigações aqui em Pernambuco. Se for necessário, a exemplo da investigação no âmbito nacional, também chamaremos a polícia para fazer parte”, afirmou ela. 

Francisco Barreto, diretor de arrecadação do Fundo de Aposentadorias e Pensões do Estado de Pernambuco (FUNAPE), também estava presente e ressaltou que o grupo irá realizar uma campanha educativa voltada para ensinar os beneficiários a checarem seus contracheques em busca de possíveis descontos indevidos e/ou não reconhecidos. 

“É fundamental que o usuário venha até nós para denunciar qualquer irregularidade”, disse ele. 

O Nordeste foi a região mais afetada

A Região Nordeste do país foi a mais afetada, proporcionalmente, pelo esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, desarticulado pela Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal.

De acordo com auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), 67% dos valores retirados de forma irregular atingiram aposentados da zona rural, especialmente em áreas isoladas dos estados do Maranhão, Piauí, Pernambuco e Bahia.