PSOL convoca militância para ato contra anistia dos envolvidos no 8 de janeiro

O ato será neste domingo (30), no Parque Treze de Maio. Na ocasião, será protestada a possibilidade de anistia para os presos do evento de 8 de janeiro

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 28/03/2025, às 09h01 - Atualizado às 09h46

O convocou a militância para ato contra anistia neste domingo - Reprodução
O convocou a militância para ato contra anistia neste domingo - Reprodução

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Pernambucoestá convocando a militância para o ato contra a anistia dos participantes do 8 de janeiro.

A Frente Povo Sem Medo, integrada pelo partido, e a Frente Brasil Popular estão organizando o movimento. Diversos partidos, movimentos sociais e organizações políticas de esquerda estão envolvidas. A manifestação irá acontecer neste domingo (30), às 9h, no Parque Treze de Maio. 

"Garantir a responsabilização de quem quis implantar uma ditadura no Brasil é urgente e necessário. Por isso o PSOL faz esse chamado e se organiza pra chegar junto no ato", afirmou secretário geral do PSOL-PE, Otho Paiva.

Entenda o contexto

Representantes da direita e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm clamado por anistia para todos que foram presos por participar do episódio do 8 de janeiro. 

Na ocasião, grupos radicais financiados por setores do agronegócio, segundo as apurações da Polícia Federal, com o objetivo de quebrar a sede dos Três Poderes, em Brasília, e realizar um golpe de Estado.

O ex-presidente, ao se pronunciar após ter se tornado réu por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, aproveitou o momento para reforçar esse desejo. Ele afirmou que as pessoas presas são mães de família e que não deveriam estar nesta situação. 

Ele utilizou, ainda, o exemplo da mulher que pichou a Estátua da Justiça com batom. Ela se tornou um símbolo do protesto nacional que clama pela anistia.

Nesta quarta-feira (26), porém, foi retirado o sigilo de uma carta que ela enviou para o Ministro Alexandre de Moraes, em outubro do ano passado. 

“Fui a Brasília pois acreditava que aconteceria uma manifestação pacífica e sem transtornos, porém, aos poucos, fui percebendo que o movimento foi ficando acalorado”, afirmou ela. 

Ela disse, ainda, que repudia o vandalismo, apesar de ter praticado o ato na ocasião.