Para o Jamildo.com, Jones afirmou que esperava a repercussão do caso e que "milhares de trabalhadores(as) estão conhecendo de fato o debate comunista"
por Clara Nilo
Publicado em 26/08/2025, às 12h42 - Atualizado às 15h14
Após o professor, comunicador e comunista, Jones Manoel (PCBR), relatar ter sofrido ameaças de ataques por uma organização neonazista, na última quinta-feira (21), a projeção do marxista na mídia nacional está em uma crescente contínua.
De acordo com ele, a Brigada Hitlerista Brasileira (Atomwaffen Brasil), enviou uma mensagem por e-mail que afirmava que o professor estaria "na linha da bala por mais de 6 meses". Além disso, também foi exigido o pagamento no valor de R$ 250 mil para que o ataque não acontecesse de fato.
Jones afirmou à Carta Capital, na última semana, que a ameaça continha dados privados, o que categorizava um "grau inédito" de ameaça. Porém, ele também afirmou que sua agenda continuaria como planejada, com viagens, debates e encontros populares.
Para o Jamildo.com, o comunista ainda chamou a atenção para o fato de que a ameaça chegou após ele falar publicamente sobre o desejo de ser candidato à Presidência da República em 2026. "Pode ser só coincidência, é claro. Mas é importante pontuar a coincidência temporal", afirmou.
O acontecido mobilizou um debate caloroso nas redes sociais, além de notas de solidariedade de pessoas públicas e partidos, como foi o caso de Dani Portela e o seu partido, PSol. Porém, além dessas manifestações, o que chamou atenção foi a cobertura da mídia mais "tradicional", como O Globo, G1 e Folha de São Paulo.
Nesta última, também foi publicado um artigo de opinião, por Felipe Bailez e Luis Fakhouri, intitulado "Encaminhado com Frequência: Quando o comunismo viraliza: o vácuo ocupado por Jones Manoel". De acordo com o texto, o político é a figura de esquerda que mais conquistou novos seguidores nas redes sociais nos últimos 90 dias.
O crescimento de Jones, um jovem comunista, pode surpreender uma parcela mais conservadora da sociedade e até mesmo a própria esquerda, que sabe o peso que a palavra "comunismo" tem no Brasil - podendo, muitas vezes, afastar eleitores em potencial.
Porém, para Jones, sua popularidade e a repercussão do ataque que sofreu é natural e faz todo sentido.
"Creio que a repercussão é esperada. Como mostrou recente reportagem da Folha de São Paulo, sou a figura política que mais ganhou seguidores nos últimos 90 dias em todo país. Ainda segundo a reportagem do referido jornal, os mais de 100 mil grupos públicos de whatsapp que eles monitoram, fiquei entre as figuras políticas mais faladas do país", disse ele em conversa com o Jamildo.com.
"Milhares de trabalhadores(as) estão conhecendo de fato o debate comunista e a proposta da Revolução Brasileira. Chegamos em um patamar de peso no debate público onde não é mais possível ignorar a repercussão da nossa militância comunista", concluiu o professor.
O político integrante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário afirmou, em entrevista no PodJá, podcast do jornalista Jamildo Melo, que pretende representar um programa de esquerda e popular na corrida ao cargo de chefe do Executivo brasileiro.
Confira a entrevista na íntegra: