O ministro Alexandre de Moraes determinou que o ex-presidente não pode se comunicar com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos
por Clara Nilo
Publicado em 18/07/2025, às 09h38 - Atualizado às 09h56
Em nota postada nas redes sociais do Partido Liberal e assinada pelo presidente nacional, Valdemar Costa Neto, a sigla afirmou que considera as medidas cautelares do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são desproporcionais.
"O Partido Liberal manifesta estranheza e repúdio diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (18), que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido", diz a nota.
Nesta sexta-feira (18), Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal. A PF encontrou, em média, $ 14 mil em dinheiro na casa do ex-presidente. A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes, que também determinou uma série de medidas, inclusive que o ex-presidente Jair Bolsonaro não pode entrar em contato com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL).
As medidas são: usar tornozeleira eletrônica; permanecer em sua residência entre às 19h e 7h; não se comunicar com embaixadores, diplomatas estrangeiros, outros réus, pessoas envolvidas no processo ou se aproximar de embaixadas; não ter acesso às redes sociais.
"O Partido Liberal manifesta estranheza e repúdio diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (18), que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido.
Se o presidente Bolsonaro sempre esteve à disposição das autoridades, o que justifica uma atitude dessa?
O PL considera a medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com todos os órgãos de investigação.
Reafirmamos nossa confiança no presidente Jair Bolsonaro, seu compromisso com o Estado Democrático de Direito e com a verdade".