Apesar de Bolsonaro estar inelegível, político empata tecnicamente com Lula. Presidente sofre alta queda na popularidade
por Cynara Maíra
Publicado em 25/02/2025, às 11h35
Nesta terça-feira (25), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou sua pesquisa com o Instituto MDA sobre o cenário político brasileiro em fevereiro.
O levantamento questionou a população sobre a situação do Governo Lula (PT), expectativas para o futuro e intenções de voto para eleições presidenciais de 2026.
Seguindo o cenário de outros levantamentos, a CNT mostra uma queda na avaliação e aprovação do presidente Lula.
Desde a última pesquisa, feita em novembro, a aprovação do governo petista caiu de 35% para 29%, enquanto a avaliação negativa subiu de 31% para 44%, sendo predominante pela primeira vez na análise do instituto.
Quando se trata da aprovação pessoal da figura do presidente, o índice caiu 10 pontos, chegando a 40% positiva e 55% negativa.
Esse resultado é pior do que Jair Bolsonaro (PL) em mesma época, que tinha avaliação negativa de 36%. Lula fica em mesma quantidade que Michel Temer (MDB), que também deteve 44% de "ruim/péssimo" ao redor dos 2 anos de gestão.
Esse cenário está conectado com as expectativas negativas para os próximos meses. A maioria da população espera que a situação piore nas áreas de emprego, saúde, segurança e renda, enquanto notam o aumento dos preços acima da inflação oficial.
Já nas intenções de voto, o instituto divulgou cinco cenários estimulados. De maneira geral, o levantamento demonstra que, quando há Jair Bolsonaro e Lula na disputa, ambos empatam tecnicamente, enquanto outras figuras ficam até 10%.
Em um cenário sem Bolsonaro, com Tarcísio de Freitas (Republicanos) em seu lugar, o governador de São Paulo fica com menos que o dobro da porcentagem do petista e ainda fica numericamente atrás para Ciro Gomes (PDT). Na opção com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o cenário é semelhante.
No caso de uma disputa sem Bolsonaro ou Lula, o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) tem uma ligeira vantagem contra Tarcísio, dentro da margem de erro, mas com Ciro Gomes liderando numericamente. Confira os números:
A pesquisa entrevistou presencialmente 2.002 eleitores entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.