Senador afirma que definição será construída com diálogo político e lembra que já viveu experiência semelhante em eleições passadas
por Plantão Jamildo.com
Publicado em 12/07/2025, às 13h09 - Atualizado às 14h05
Em entrevista ao PodJá - o podcast do Jamildo, o senador Humberto Costa (PT) comentou sobre a indefinição do palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Pernambuco para as eleições de 2026. Ao ser questionado se o cenário poderia repetir o modelo de 2006 — quando Lula teve dois palanques no estado —, o parlamentar lembrou que essa definição será resultado de diálogo político entre os partidos aliados e o próprio presidente.
“Eu não tive oportunidade ainda de conversar com o presidente sobre esse tema”, afirmou Humberto. “Eu diria que raposas políticas como Lula, Brizola, Arraes, Jarbas — essas pessoas não desprezam nenhum voto que seja. Se for um voto, eles vão atrás.”
O senador ponderou que a divisão de palanque pode gerar efeitos diferentes em uma campanha. “Às vezes, essa questão de dividir o palanque pode ser algo que venha somar, pode ser algo que subtraia", afirmou. "
Apesar disso, Humberto nega que essa seja uma das preocupações do Palácio do Planalto "Mais à frente ele deve avaliar", confirma. "João aceita, Raquel aceita?", questiona.
Humberto avalia que a decisão sobre a posição do PT em Pernambuco será tomada com base em um diagnóstico político do partido, que está em fase inicial. “Nesse momento, nós estamos fazendo um diagnóstico sobre a posição do partido nos diversos estados e o próprio desenho eleitoral”, afirmou.
O deputado estadual João Paulo foi o primeiro nome do Partido dos Trabalhadores a defender o palanque duplo ao site Jamildo.com. Ele afirmou no PodJá que "quanto mais palanque para Lula, melhor".
Após ser eleito presidente estadual do PT em Pernambuco, o deputado federal Carlos Veras conversou com este Blog e afirmou que Lula tem uma relação republicana com a governadora, que, por sua vez, nega fazer parte da base do presidente, mas tem boa relação com o Executivo nacional. "A aliança que for favorável para eleger Lula e Humberto, vamos estar nela", disse.
Outro lado: "Não tem base real no partido", disse um dirigente do PT ,sob reserva, sobre uma aproximação da governadora com o Partido dos Trabalhadores. Esse nome ainda comentou que essa posição está desalinhada com a diretriz nacional. "O PT é oficialmente oposição a Raquel Lyra", finalizou.