A deputada Erika Hilton negou as acusações feitas pela oposição, que solicitou um pedido de investigação de um possível ato de improbidade administrativa
por Clara Nilo
Publicado em 25/06/2025, às 12h37 - Atualizado às 13h25
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi acusada pela oposição de contratar, em cargos comissionados, dois maquiadores. A contratação seria mantida pela verba da Câmara dos Deputados e, por isso, o deputado Zucco (PL-RS) e o vice-líder da oposição, Paulo Bilynskyj (PL-SP), enviaram um pedido de investigação de um possível ato de improbidade administrativa.
Os assessores Índy Cunha Montiel da Rocha e Ronaldo César Camargo Hass, contratados em novembro de 2024 e maio do mesmo ano, recebem R$ 2.126,59 e R$ 9.678,22 mensais, respectivamente.
"A utilização de cargo público para prestação de serviços particulares — como maquiagem e produção de imagem pessoal — representa afronta direta à legalidade administrativa e à moralidade no trato da coisa pública", diz a representação da oposição. Também foi solicitada a adoção das "providências judiciais cabíveis", além do envio do caso ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apuração.
Zucco também afirma que acionou o Conselho de Ética sobre o caso.
Hilton nega as acusações: "Não, meus amores, eu não contrato maquiador com verba de gabinete. Isso é simplesmente uma invenção", afirmou ela em suas redes sociais.
"O que eu tenho são dois secretários parlamentares que, todos os dias, estão comigo e me assessoram em comissões e audiências, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings, dialogam diretamente com a população e prestam um serviço incrível me acompanhando nas minhas agendas em São Paulo, em Brasília, nos interiores e no exterior", continuou a deputada na publicação.
"Conheci eles como maquiadores, identifiquei outros talentos e os chamei para trabalhar comigo. Quando podem, fazem minha maquiagem e eu os credito por isso. Mas se não fizessem, continuariam sendo meus secretários parlamentares", explicou Hilton.
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Nos comentários da publicação da deputada federal, o ex-candidato à presidência e deputado federal também pelo PSOL, Guilherme Boulos, defendeu a colega da sigla.
"Mais uma vez, a extrema-direita recorre à sua velha tática: espalhar mentiras, distorcer fatos e atacar quem trabalha de verdade pelo povo. Eles não suportam te ver ocupando um espaço de poder — e mais do que isso, entregando trabalho, denunciando, enfrentando e construindo. Seguimos juntos, firmes, pra enfrentar esse ódio e fortalecer quem luta!", escreveu ele.