Enquanto Raquel promete destravar pauta na Alepe, Antônio Moraes fala de impasse no PodJá

O impasse entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) voltou ao centro do debate político estadual nesta semana.

Enquanto a gestora afirma que tem atuado para destravar a pauta do Legislativo, o deputado estadual Antônio Moraes (PP), aliado do Palácio do Campo das Princesas, expôs detalhes sobre os bastidores do conflito institucional durante entrevista ao podcast PodJá, apresentado pelo jornalista Jamildo Melo.

Durante entrega de carretas de serviços de saúde na quarta-feira (29), a governadora Raquel Lyra falou sobre o tópico ao defender a urgência na aprovação do empréstimo de R$ 1,5 bilhão que tramita na Alepe desde 20 de março.

Segundo ela, os recursos são fundamentais para dar continuidade a obras e serviços essenciais, como a duplicação da BR-232, o Arco Metropolitano, o novo Hospital Getúlio Vargas e projetos de abastecimento de água.

“Pernambuco tem pressa e sabe que hoje a gente tem um norte no estado. […] Esse recurso chegando se transforma em vida na vida das pessoas”, afirmou a governadora.

• Quer receber no celular as notícias de Política e Economia do Jamildo.com? Acesse nosso canal do Whatsapp!

Ela também dirigiu uma fala direta aos parlamentares presentes, agradecendo pelos projetos aprovados e lembrando que os investimentos já realizados foram viabilizados por empréstimos semelhantes. Apesar disso, não estipulou um prazo para a solução do conflito que mantém a pauta da Casa trancada.

Veja a linha do tempo da tensão política entre Raquel Lyra e Álvaro Porto: 

Antônio Moraes pede conciliação e critica tensão na Alepe

Ainda sobre o embate, Antônio Moraes relatou no PodJá que sairá neste sábado (31) que a crise entre o Executivo e o Legislativo virou uma “guerra política” e pediu conciliação entre os grupos para o bem de Pernambuco. 

Moraes sugeriu ainda que parte do problema atual tem origem no poder adquirido por aliados do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e outros membros da oposição dentro da Alepe.

“Tomaram conta das comissões”, disse, ao mencionar que, mesmo com maioria no plenário, o governo estadual tem enfrentado barreiras nas comissões dominadas pela oposição, o que estaria travando a tramitação de projetos, como o pedido de empréstimo.

O deputado também criticou o descumprimento do regimento interno da Alepe, apontando que projetos com prazo determinado, como os de regime de urgência, deveriam ter sido levados ao plenário independentemente da posição das comissões.

“Hoje é o seguinte: se for para o plenário, a gente ganha. Agora, não chega no plenário”, afirmou, ao defender que a reação da base governista de fechar a pauta foi uma resposta ao bloqueio das matérias prioritárias.

Em uma fala ainda mais forte, Antônio vinculou indiretamente a situação na Alepe com a pretenção de João Campos em disputar a eleição de 2026.

“A gente começar o Arco Metropolitano que é a grande obra estruturadora de Pernambuco e a gente não pode atrapalhar isso não, em virtude de problema político, das próximas eleições, do próximo ano. […] Eles [a oposição] dizem que João já ganhou a eleição. Como é que o cara ganhou a eleição e quer quebrar o Estado? Não quer deixar o Estado melhorar, porque ele ia receber o estado bem controlado com as conta em dias, com o CAPAG 2”, disse o deputado, que também afirmou que não acha que o socialista sairia vitorioso em um pleito pelo Governo de Pernambuco.

Para conferir toda conversa entre Jamildo Melo e o deputado, confira o PodJá deste sábado, às 14h no Canal do Youtube do Jamildo.com.