Ex-presidente comunicou por bilhete que não participaria da entrevista autorizada pelo STF; decisão também flexibilizou visitas durante custódia
por Plantão Jamildo.com
Publicado em 23/12/2025, às 11h05
Bolsonaro cancelou entrevista que daria ao Metrópoles nesta terça-feira
Conversa havia sido autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes
Ex-presidente alegou questões de saúde em bilhete enviado ao portal
STF também autorizou ajustes na rotina e visitas durante a custódia
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou a entrevista que concederia ao portal Metrópoles nesta terça-feira (23). A conversa marcada para às 11h, havia sido autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorreria na Superintendência da Polícia Federal, onde Bolsonaro está detido desde 22 de novembro, após descumprimento de medida cautelar.
A desistência foi comunicada por meio de bilhete escrito à mão e enviado à coluna do jornalista Paulo Cappelli. No texto, Bolsonaro informou que não participaria da entrevista “por questões de saúde”.
O contato com o Metrópoles marcaria a primeira entrevista do ex-presidente em cerca de cinco meses. A última manifestação direta à imprensa ocorreu em julho. Desde então, Bolsonaro vinha cumprindo restrições impostas pela Justiça, entre elas a limitação de contato com veículos de comunicação e a proibição de uso de redes sociais.
Além de liberar a entrevista, o ministro Alexandre de Moraes autorizou ajustes na rotina do ex-presidente durante o período de custódia. Entre as medidas, está a permissão para o recebimento de correspondências, desde que todo o material seja submetido à inspeção prévia da Polícia Federal.
O despacho também autoriza Bolsonaro a realizar sessões de fisioterapia em dias úteis, durante o horário reservado ao banho de sol. Outra mudança diz respeito às visitas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que passam a ocorrer sem necessidade de autorização judicial prévia.
Com a decisão, Michelle poderá visitar o ex-presidente às terças e quintas-feiras, entre 9h e 11h. Antes da autorização, cada visita dependia de pedido protocolado junto ao Supremo Tribunal Federal.