Para 54%, Bolsonaro tentou fugir ao danificar tornozeleira, diz Datafolha

Datafolha indica que 54% veem tentativa de fuga no episódio da tornozeleira de Bolsonaro e que opinião sobre sua prisão permanece dividida no país

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 08/12/2025, às 13h41

Julgamento de Jair Bolsonaro no STF
Julgamento de Jair Bolsonaro no STF - DIVULGAÇÃO/ STF/ Tom Molina

54% afirmam que Bolsonaro tentou fugir ao danificar a tornozeleira.

Versão do “surto paranoico” tem apoio de 33% dos entrevistados.

Prisão é considerada justa por 54% e injusta por 40% dos brasileiros.

Eleitores divergem sobre local adequado para cumprimento da pena.

Maioria dos brasileiros avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) danificou a tornozeleira eletrônica com intenção de fugir, segundo pesquisa Datafolha realizada entre 2 e 4 de dezembro com 2.002 eleitores em 113 municípios. 

O levantamento mostra que 54% dos entrevistados entendem o episódio como tentativa de fuga, enquanto 33% dizem acreditar na versão apresentada por Bolsonaro, que atribuiu o dano a um “surto paranoico”. Outros 13% não souberam responder. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Entre jovens de 16 a 24 anos, 60% afirmam que houve tentativa de fuga. O índice é mais elevado no Nordeste, onde 61% adotam essa interpretação.

Já a explicação do “surto” encontra maior adesão entre eleitores de renda mais alta, grupo no qual 40% dizem confiar na justificativa do ex-presidente. Sul e Norte/Centro-Oeste também apresentam percentuais superiores à média nacional em apoio à versão de Bolsonaro, ambos com 40%.

Prisão é considerada injusta por 40%

Tornozeleira de Bolsonaro violada

A pesquisa aponta ainda que 54% dos brasileiros classificam como justa a prisão do ex-presidente, enquanto 40% consideram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) injusta. Outros 6% não responderam.

O Datafolha questionou também onde Bolsonaro deveria cumprir a pena de 27 anos e três meses definida pela Corte. Para 34%, a punição deveria ser cumprida em casa; 26% defendem presídio comum; 20% preferem unidade militar; e 13% indicam a sede da Polícia Federal, onde ele se encontra atualmente. Outros 7% não souberam responder.

O levantamento mostra ainda que 36% dos entrevistados afirmam estar bem informados sobre a prisão definitiva de Bolsonaro, percentual próximo aos 37% que dizem ter conhecimento, mas se consideram mais ou menos informados. 

Segundo o instituto, 11% se dizem mal informados e 16% afirmam não ter tomado conhecimento do assunto.