Sessão plenária da Alepe discutiu o início das obras do Arco Metropolitano, projeto que conectará a BR-232 à BR-101 para melhorar a mobilidade na RMR
por Plantão Jamildo.com
Publicado em 11/12/2025, às 17h06
Deputados repercutem início das obras do Arco Metropolitano na Alepe.
Projeto ligará a BR-232, em Moreno, à BR-101, no Cabo de Santo Agostinho.
Izaías Régis e João Paulo destacam impacto na mobilidade da RMR
O Segmento 2 do Lote 2 do Arco Metropolitano, que ligará a BR-232, em Moreno, ao entroncamento com a BR-101, no Cabo de Santo Agostinho, terá o início das obras autorizado pela governadora Raquel Lyra (PSD), nesta sexta-feira (12).
A obra, de 25 quilômetros de extensão e com um custo de R$ 632 milhões, foi celebrada por deputados aliados na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
O deputado Izaías Régis (PSDB) afirmou que o Recife enfrenta um dos trânsitos mais congestionados do país e observou que intervenções estruturais na capital não recebem investimentos há anos.
Para ele, a obra representa um avanço, embora não resolva por completo as dificuldades de circulação. Em sua fala, o parlamentar informou ainda que a ordem de serviço para a duplicação da BR-232 entre São Caetano e Belo Jardim, no Agreste Central, deve ser assinada entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026.
“A governadora Raquel Lyra, com sua coragem, com a sua vontade de realizar tudo em Pernambuco, vai dar essa ordem de serviço já iniciando a obra”, declarou.
O deputado João Paulo (PT) também considerou o Arco Metropolitano uma intervenção relevante para a mobilidade da região. Ele disse que o projeto pode reduzir o tempo de deslocamento diário e chamou a futura via de “Via Mangue da Região Metropolitana”.
Segundo o parlamentar, a construção tem potencial para diminuir o impacto do trânsito no cotidiano de trabalhadores e famílias que dependem do transporte urbano.
O Arco Viário Metropolitano da BR-101 é uma obra planejada para melhorar a mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife e ampliar a logística entre os polos industriais de Pernambuco. Anunciado em 2013, o projeto foi dividido em dois trechos: o Norte, de cerca de 50 quilômetros, ligando Paudalho a Goiana, e o Sul, com 45,3 quilômetros de extensão, entre Paudalho e a BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, próximo ao Porto de Suape.
O trecho Sul, de responsabilidade do estado, é considerado o de execução menos complexa por não atravessar áreas de preservação ambiental. Ele prevê ligação da BR-408 à BR-101 Sul, no Cabo, passando por Moreno e conectando-se à BR-232, em trecho de 25,32 quilômetros. A previsão é que, com a obra, seja reduzido o tráfego na BR-101, que concentra congestionamentos diários no Grande Recife.
O processo de licitação enfrentou dificuldades. A empresa inicialmente classificada, TCPAV Tecnologia em Construção e Pavimentação Ltda, foi inabilitada por problemas de documentação. Com a decisão, o consórcio formado por Dois A Engenharia e Tecnologia, Azevedo & Travassos e KPE Engenharia passou a liderar a disputa. O valor da proposta vencedora ficou em R$ 631,9 milhões, cerca de R$ 2 milhões acima da primeira colocada.

Enquanto o Sul avança, o trecho Norte, que é de competência do Governo Federal, segue como maior desafio. O traçado que chega até Goiana, região onde se localiza a fábrica da Jeep.
O projeto enfrenta polêmicas por prever passagem pela Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, o que exige soluções ambientais específicas. A proposta atual do governo é adotar tecnologias verdes e medidas de compensação para garantir a conservação da área.