Raquel Lyra confirma início das obras do Arco Metropolitano em novembro

Governadora anunciou que a ordem de serviço do trecho Sul do Arco Metropolitano será assinada em novembro, com investimento de R$ 650 milhões

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 01/11/2025, às 09h57

Miva Filho/Secom
Miva Filho/Secom

Raquel Lyra confirmou início das obras do trecho Sul do Arco Metropolitano em novembro.

Projeto prevê investimento de R$ 650 milhões e execução direta pelo Governo de Pernambuco.

Trecho estadual terá 25 km entre Moreno e Cabo e não exige grandes desapropriações.

Governo federal será responsável pelo segundo subtrecho, entre a BR-408 e a BR-232.

A governadora Raquel Lyra (PSD) confirmou que o Governo de Pernambuco vai assinar, ainda em novembro, a ordem de serviço para o início das obras do trecho Sul do Arco Metropolitano do Recife. A intervenção é uma das principais promessas de infraestrutura do Estado e tem como objetivo reduzir o fluxo de veículos na Região Metropolitana e melhorar a ligação entre polos industriais.

O anúncio foi feito na sexta-feira (31) durante entrevista à Rádio Jornal. Segundo Raquel Lyra, o contrato com a empresa responsável já foi assinado e o investimento será de aproximadamente R$ 650 milhões. O primeiro trecho, com pouco mais de 25 quilômetros, será executado diretamente pelo governo estadual.

No mês de novembro a gente começa essa obra, se Deus permitir”, afirmou a governadora, reconhecendo a expectativa em torno do projeto. “Assim como a população pernambucana, eu também estou muito angustiada em iniciar essa obra. É um projeto prometido há muito tempo, e assumimos o compromisso quando entramos no governo. Fomos buscar operações de crédito e, agora, conseguimos viabilizar o início das obras”, declarou.

Trecho Sul terá execução dividida e menos impacto urbano

O trecho Sul — ou Lote 2 — do Arco Metropolitano vai ligar a BR-408 à BR-101 Sul e será dividido em dois subtrechos. O primeiro, de 25,3 quilômetros entre a BR-232, em Moreno, e a BR-101, no Cabo de Santo Agostinho, ficará sob responsabilidade do governo estadual. O segundo, entre a BR-408 e a BR-232, será executado pelo governo federal e tem custo estimado em R$ 500 milhões.

Por passar por áreas de canavial, o trecho estadual é considerado de execução mais simples, sem necessidade de grandes desapropriações ou remoção de famílias. “Nesse primeiro trecho, não existem grandes desapropriações a serem feitas, não tem população a ser desmobilizada, o que agiliza bastante o andamento dos trabalhos”, afirmou Raquel Lyra.

Projeto inicial do Arco Metropolitano, em 2013

A governadora destacou, no entanto, que a obra exige um grande volume de terraplanagem e aterro, o que demandará preparação técnica antes da pavimentação. Ela informou ainda que o Estado já obteve a licença ambiental para instalação do canteiro e que os processos de desapropriação estão em fase final.

Só posso dar ordem de serviço com o processo de desapropriação concluído. Estamos tratando disso junto com a Procuradoria Geral do Estado, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura e a Casa Civil”, explicou.

Desafios do trecho Norte

Enquanto o Sul avança, o trecho Norte, que é de competência do Governo Federal, segue como maior desafio. O traçado que chega até Goiana, região onde se localiza a fábrica da Jeep.  

O projeto enfrenta polêmicas por prever passagem pela Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, o que exige soluções ambientais específicas. A proposta atual do governo é adotar tecnologias verdes e medidas de compensação para garantir a conservação da área.