O Ministério Público de Pernambuco divulgou orientações para evitar fiscalizações abusivas por parte dos vereadores do Recife
por Clara Nilo
Publicado em 09/04/2025, às 15h05 - Atualizado às 16h05
Após o vereador Gilson Fillho (PL) descumprir, na tarde desta terça-feira (8), a série de recomendações do Ministério Público de Pernambuco para evitar fiscalizações abusivas, o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren) se manifestou acerca do ocorrido.
"Concordamos muito com a recomendação. Nos sentimos, inclusive, bem contemplados e satisfeitos. Acreditamos que [as fiscalizações] tem que ser feitas desse jeito mesmo, com todo esse cuidado, especialmente no quesito da exposição de profissionais", afirmou o deputado estadual Gilmar Júnior (PV), presidente do Coren.
O deputado afirmou, ainda, que a equipe jurídica do Conselho Regional de Enfermagem ficou em dúvida se as instituições já teriam sido notificadas sobre as recomendações. Ao perceberem que o que Gilson Filho tinha feito foi um explícito descumprimento, medidas foram tomadas.
"O Conselho Regional de Enfermagem já autuou (formalizar, em um procedimento oficial) o Ministério Público em busca de informações sobre as providências que o Ministério Público vai tomar em relação ao descumprimento de suas próprias recomendações", explicou Júnior.
No mesmo dia em que foi noticiado pelo site Jamildo.com que o Ministério Público de Pernambuco havia recomendado uma série de medidas para coibir fiscalizações excessivas por parte dos vereadores do Recife, o vereador Gilson Filho (PL) realizou uma fiscalização surpresa na Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, situada no bairro do Ibura, na tarde desta terça-feira (8).
O político explicou que retornou à unidade após três meses de sua primeira visita (2 de janeiro), quando solicitou ao prefeito João Campos (PSB) a "reestruturação completa" do espaço. A visita teria sido para conferir se as demandas foram atendidas.
Ao chegar ao local, o parlamentar encontrou a unidade superlotada, com pacientes aguardando atendimento por várias horas. "A gestora reconheceu que a alta demanda e a quantidade insuficiente de médicos estavam dificultando o atendimento", disse Gilson em comunicado ao site Jamildo.com.