Após vereadora alegar desrespeito de vereadores, Câmara debate violência política contra mulher

A Câmara Municipal do Recife debateu na terça-feira (18) sobre violência política contra mulheres após um episódio de tensão registrado na sessão plenária do último dia 17.

Ao afirmar ter se sentido desrespeitada por três colegas da Casa, a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) defendeu seu projeto de lei para criação da Semana Municipal de Enfrentamento À Violência Política Contra as Mulheres.

Ana Lúcia relatou no dia 18 que na reunião anterior da Câmara sofrera um episódio de desrespeito. Segundo a vereadora, quando presidiu a sessão da segunda-feira (17), os vereadores Felipe Alecrim (Novo), Eduardo Moura (Novo) e Thiago Medina (PL) teriam começado a gritar e desrespeitar sua autoridade como presidente e interrompendo-a. No vídeo só é possível ver Felipe Alecrim. 

A discussão teria ocorrido por conta do horário de encerramento da sessão, com Felipe Alecrim defendendo maior tempo para conclusão dos requerimentos. 

Após o ocorrido, a política se pronunciou, afirmando que: "não podemos permitir que atitudes como essa se repitam. Mulheres têm o direito de ocupar espaços de poder sem serem silenciadas ou desrespeitadas". O caso teria sido feito em pleno Mês da Mulher. 

Antes de defender seu Projeto de Lei Ordinária nº 36/2025, Ana Lúcia também pediu por respeito ao seu trabalho e posição dentro da Câmara de Vereadores.

"Cheguei aqui pelo voto popular das pessoas que me escolheram nas urnas e represento aqui as pautas que defendo. Meus colegas me escolheram para ser a segunda vice-presidente da Casa de José Mariano, seguirei defendendo o Regimento", disse a vereadora. 

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Com a fala de Ana, o vereador Rodrigo Coutinho (Republicanos) expressou solidariedade à colega e cobrou providências. "Esta Casa precisa tomar medidas efetivas e eficazes para que o que aconteceu ontem não volte a acontecer", afirmou. Eduardo Mota (PSB) também se manifestou. "Atos misóginos foram feitos e eu acho que a gente não pode permitir que isso volte a acontecer", disse.

"Não se trata de pauta de direita e nem de esquerda. É uma realidade enfrentada por todas as mulheres que ocupam espaços de poder e eu peço aos meus pares atenção para esse projeto em suas Comissões para darem os pareceres favoráveis", declarou.