Vitória dos professores: Quando o quórum mínimo foi alcançado, foi comemorado com aplausos e palavras de ordem pelos que lotavam as galerias da Alepe
por Jamildo Melo
Publicado em 10/06/2025, às 06h58 - Atualizado às 07h19
Depois que a Assembleia Legislativa aprovou, nesta segunda-feira (09.06), o reajuste de 6,27% do valor do piso salarial do professor da rede pública estadual de ensino, o deputado Álvaro Porto cobrou a paternidade sobre articulação como presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
A pressão sobre os parlamentares foi grande porque são cerca de 70 mil pessoas associadas à categoria, como professores e trabalhadores em geral. Também havia o risco do aumento não sair a tempo na folha de junho, mesmo com o fechamento do acordo.
Pela manhã, de fato, a presidência da Alepe promoveu uma reunião com professores e a direção do sindicato da categoria (Sintepe), no auditório Sérgio Guerra, antes de o texto do projeto do aumento ter voltado ao plenário e aprovado por 31 dos deputados presentes. Foram seis votos acima do quórum mínimo (25) exigido para a votação.
Em nota, o comando da Alepe comentou que reajuste havia sido colocado em pauta por duas vezes na semana passada, mas não foi votado porque o Palácio do Campo das Princesas determinou aos aliados que esvaziassem o plenário.
"Desta vez, pressionados pelos resultados da reunião da manhã, governistas marcaram presença, assegurando o quórum", afirmou.
De acordo com Álvaro Porto, desde a chegada do projeto, a Casa se colocou à disposição dos professores.
“Tratamos de agilizar a tramitação nas comissões e colocamos na ordem do dia ainda na semana passada. Diante das ausências e da tentativa de colocar a categoria contra a Assembléia, decidimos chamar os professores e o Sintepe para explicar o que vinha ocorrendo e mostrar que o esvaziamento do plenário promovido pelo governo, era o que estava impedindo a aprovação”, disse.
Porto disse que a casa jamais teve interesse ou fez algum movimento para atrasar ou deixar de votar o projeto.
“Esclarecemos o que está se passando. As divergências da Alepe com alguns pontos de projetos do Executivo têm a ver com a não disponibilização, por parte do governo, de informações solicitadas por parlamentares. Mas o Palácio resolveu criar a narrativa de que Assembleia era a culpada pela não votação do projeto do reajuste. Claramente quis jogar os professores contra a Alepe. Mas a coisas foram esclarecidas, o projeto está aprovado e a verdade restabelecida”, afirmou.
Após a aprovação, Álvaro Porto repetiu o que disse pela manhã durante o encontro com os professores.
“Esta casa não abre mão da sua autonomia e nem aceita ser desrespeitada. Sempre trabalhamos com transparência e com a verdade”, disse, em nota ao site Jamildo.com.
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